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Collab terá renda revertida a mulheres quebradoras de pedras

Camisetas Conclave com as “Mulheres de Pedra”, série do fotógrafo Alexandre Augusto – Foto: Divulgação

Em uma viagem à Chapada Diamantina no final da década passada, o fotógrafo Alexandre Augusto descobriu algumas comunidades que sobreviviam de quebrar pedras e transformá-las em paralelepípedos, e a incrível jornada das mulheres que comandam essa atividade secular. Fugindo dos estereótipos ou mesmo da vitimização, as imagens apresentam mais do que a realidade das mulheres cortadoras de pedra da região, coloca-nos diante de algo que não está apenas nas pedreiras, mas na grandeza do feminino e foram captadas por cerca de dois anos.

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As imagens se transformaram na exposição “Mulheres de Pedra”, que passou por Salvador e São Paulo com grande sucesso de público e crítica, além de livro com o mesmo título.

Agora a vida destas guerreiras ganha novamente espaço numa série de dez camisetas desenvolvidas em collab com a Conclave – marca de moda urbana, de lifestyle jovem e contemporâneo com um viés sofisticado e inovador, que atua além como um movimento em prol da valorização de artistas, criadores e ativistas agregando-os à sua produção.

Numa ação transmídia que recoloca as imagens de volta no tempo presente por meio desta nova mídia que são as camisetas, o fotógrafo abriu mão de seus direitos autorais e a Conclave de todo o lucro da venda destas peças, para gerar e direcionar renda a estas comunidades e lideranças femininas.

O lucro integral da venda desta série será revertido justamente a estas mulheres cuja remuneração é de R$ 450 a cada mil paralelepípedos vendidos e que mesmo assim vêm mantendo suas famílias por gerações.

João Gabriel, CEO da Conclave, conta como essa collab foi desenvolvida e destaca a importância desta ação para a marca: “Acredito que a moda precisa ser ativista, e a atitude de Alexandre de doar os direitos de uso de sua obra para essa collab foi incrivelmente solidária. Construímos assim  esse projeto de parceria, com o intuito de dar um retorno social, uma contribuição para a vida destas mulheres que trabalham duramente na chuva ou no sol”.

“As camisetas ficaram lindas e são mais uma forma de homenagear e contar a história dessas guerreiras. Toda a venda será revertida em cestas básicas que distribuiremos na região. Uma homenagem e uma pequena ajuda a quem sofreu bastante no período de pandemia. Quando fizemos a fotos, elas vendiam mil paralelepípedos por R$ 550. Hoje vendem por R$ 450. Um perda muito grande”, conta o fotógrafo.

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