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“A gente não tinha como investir na carreira”, conta modelo que estreou na Casa de Criadores

Às vezes, um trabalho pode mudar a sua vida e essa é a esperança da modelo Kennya Rocha. A carioca de São Gonçalo perdeu o pai aos 9 anos e, quando iniciou a sua carreira na moda, aos 21, sua mãe estava desempregada. “Foi na dificuldade”, contou a modelo em papo com o RG.

Quem a viu na passarela da Saint Studio, na última quinta-feira (26) na Casa de Criadores, não imagina que ela nunca havia sonhado em seguir esse caminho. “Sempre gostei de moda, mas nunca pensei que seria modelo”, disse Kennya. Durante sua vida, muitos a perguntavam porque ela não tentava entrar na moda: “Mas acho que não me via dessa forma, nunca achei que eu era bonita”, explica.

Depois da insistência de amigos e conhecidos, Kennya procurou uma agência e foi aceita. Porém, a alegria veio com o peso: “A gente não tinha como investir”, conta a menina, já que a família passava por dificuldades.“Tive o apoio da agência e de outros modelos para dar certo”.

Inclusive, para desfilar em São Paulo, ela se hospedou na casa de amigos de profissão. “Esse ano foi a primeira vez que eu vim para cá, não sabia sair da rodoviária.”, conta dando risada.

Para estrelar campanhas e andar passarelas, não basta ter um rosto bonito e altura o suficiente. Kennya conta que foi preciso muito treino para conseguir os primeiros trabalhos. “Eu era muito tímida e não sabia andar de salto, mas com o tempo foi melhorando.”

Com apenas um ano e meio de estrada, a menina já emplacou alguns editoriais e comemora o primeiro trabalho em passarela: “Acho que cada vez mais existe espaço para pessoas como eu”, ela diz, se referindo ao fato de ser negra. “Inclusive, hoje muita gente me fala: ‘adoro a cor da sua pele’, nunca pensei que iria ouvir isso”.

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