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Fernanda de Goeye volta à moda, ao lado das irmãs Renata e Claudia, e promete ateliê para março de 2016, nos Jardins

Por Jeff Ares

Depois de grande expectativa, Fernanda de Goeye volta aos croquis e anuncia a criação de uma nova marca, a De Goeye, ao lado das irmãs, Renata e Claudia, da extinta Erre.

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A economia brasileira não anda lá essas coisas, mas as irmãs de Goeye dão de ombros. “Crises podem ser ótimas oportunidades; empreendedores podem se dar muito bem, você chega com gás novo, dá uma renovada em tudo”, aposta Fernanda, estilista que marcou a moda brasileira nos anos 2000, à frente da Raia de Goeye, ao lado de Paula Raia. Um filho, um período sabático e trabalhos de styling e consultoria depois, Fernanda volta à cena, com voz animada. “Poder me dedicar ao meu filho me fez muito plena como mãe. E a maternidade te amadurece um pouco. Foi muito bom, como estilista, poder me afastar dos processos e olhar de fora, enxergar o que realmente é o meu DNA”, ela divide com RG. “Depois do fim do meu sabático, comecei a ter vontades… eu e minhas irmãs começamos a conversar, e decidimos resgatar nossa história, a memória do nosso bisavô, Enrique de Goeye, um francês de Paris, super excêntrico, que entre os anos 1940 e 1970 manteve ao lado do Theatro Municiapal a loja mais chique de São Paulo, nas palavras da Andrea Moroni… Era uma joalheria, que vendia Piaget, artigos em prata e artigos de luxo da Hermès. Queremos reviver o espírito da marca dele, para uma mulher naturalmente elegante, despojada, com joie de vivre, sexy, mas com tradição no DNA”, determina.

Fernanda conta que em meados de março deve abrir o ateliê-loja, “um espaço com cara de casa, como se estivéssemos recebendo em casa mesmo”. Ali na Joaquim Antunes, nos Jardins, um projeto assinado pela chique Esther Giobbi. Deve lotar de mocas. “Já tem gente ligando, muitas multimarcas querendo fazer pedidos”, ela confidencia. “Falta quase um ano!”, ela ri.

Da experiência de consultoria, o que você leva para a nova marca? “Vi o quanto as pessoas ficam envolvidas no universo das marcas, sem olhar o global, o todo… e você precisa olhar pro big picture, pra não ficar na mesmice”. Vai desfilar? “Tenho vontade, gosto, mas não quero fazer nada fixo, quero ter a liberdade de fazer diferente”. Como agora, em que lança uma marca em plena crise. “Se a gente for esperar o momento exato, talvez ele não exista”.

Mas algo me diz que sempre será tempo de comprar uma roupa das de Goeye. Farão peças para uma clientela de alto poder aquisitivo, que sente a crise com parcimônia. Que vai adorar comprar peças de tecidos importados, um super acabamento, com cortes que valorizam seus corpos, naturalmente sexies… a cara da mulher bacana do Brasil. Pra festa ou pro dia a dia? “Pecas para misturar. Dependendo da produção, você pode ir a qualquer lugar… num casamento, numa festa, no dia a dia… uma roupa multiuso. A peça tem estilo”, decreta Fernanda. De Goeye, bem vinda, de novo.

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