Por Luiz Mazzilli*
Para algumas pessoas, entrevista de trabalho é algo bastante estressante e pode deixar muita gente insegura sobre o que vestir. Em uma conversa com um cliente sobre o assunto, percebi que precisava fazer esse post. Antes de qualquer coisa, vale lembrar que o universo de trabalho é bastante extenso e cada categoria profissional tem sua identidade. Não podemos comparar a forma de trabalhar e lifestyle de um escritório de advocacia e de uma agência de publicidade. Por isso, as minhas dicas serão divididas em três categorias: o homem corporativo, o homem mais casual e, por último, o homem criativo.
Não posso deixar de mencionar que, além da qualidade do candidato (currículo, argumentos, experiência, etc.), a aparência também conta como fator positivo em qualquer tipo de entrevista. Para validar esse meu comentário, posso falar sobre um estudo que mostrou que pessoas com aparência harmônica (leia físico, comportamental e de vestuário) possuem um maior nível de sucesso no mundo profissional. Muitas vezes a primeira impressão de uma pessoa acaba nos levando a escolhê-la em nossa vida ou trabalho. Sim, é melhor cuidarmos de tudo para “aquela” entrevista de trabalho!
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Mundo corporativo
Sem dúvidas, a peça chave para esse universo se chama terno. Em reuniões de equipe, diretoria e board é de uso obrigatório e pergunto: por que não seria em uma entrevista de trabalho? Outro ponto importante é o uso da gravata, que muitos homens estão deixando de lado. Se a empresa for mais relaxada, avisará que a gravata é optativa, mas melhor seguir à risca o código de exigência. As cores que mais aconselho são o azul navy (marinho) e cinza. São mais versáteis e menos impactantes que um terno preto, que para muitos homens (inclusive para seu entrevistador) pode ser algo para eventos festivos ou então mais moderno.
Não aconselho também o uso de três peças (colete, calça e paletó) e nem o uso de double brested (paletós que possuem geralmente 6 botões e transpassam). Itens que podem ser usados de forma discreta e saem do óbvio são os detalhes como lapelas, texturas e acessórios (cintos e calçados). Sugiro sempre buscar algo harmônico para esse tipo de situação. Ao lado, algumas fotos que separei e ilustram bem o que falei.
Mundo corporativo, porém mais casual
Para algumas empresas, nem sempre o terno é a melhor opção a ser usada. Nesses casos, sugiro algo que remeta ao universo da alfaiataria, mas de forma mais casual e informal. Lembre-se que sempre devemos pensar em harmonia para esse tipo de ocasião. Sugiro aos meus clientes que vistam uma calça mais social, que lembre uma identidade de alfaiataria, e uma camisa social mais básica. O calçado pode ser social ou então mais esportivo, mas sempre com aquele ar “limpo” e despretensioso. Atualmente, essa é a categoria mais extensa no mundo profissional. Vou ressaltar que as peças geralmente misturadas são: calça social ou chino, camisa, malha, cinto e sapato casual. As fotos ao lado podem ilustrar melhor o que pontuei.
Mundo Criativo e mais informal
Esse é o universo mais livre e expressivo. Para essa categoria, ser original, artístico e inovador pode ser um fator de grande relevância para contratação. Sempre digo aos meus clientes que existe somente uma regra nesse universo: harmonia. Cores, texturas, desconstruções e caimentos são variáveis que podem ser misturadas. Um conselho que dou é usar calças coloridas, mas não a jeans clássica. Afinal, a inovação está aí para ser usada.
Conclusões
Já falei que o mundo de trabalho possui várias vertentes, mas a entrevista de trabalho é por si só algo formal e decisivo. Por mais relaxada e casual que seja a empresa, vista-se da melhor forma possível. Dessa forma, maximizamos o poder de dar uma primeira boa impressão. Antes de qualquer entrevista, conheça a história e identidade da empresa e escolha a categoria de vestimenta que melhor encaixa em seu perfil.
*Luiz é stylist, consultor de estilo, criador do It Dandy e colabora semanalmente com RG.