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Quantos likes o SPFW merece? Entrevistados fazem um balanço dos 20 anos do evento

 

Por Priscilla Gonçalves

O SPFW completa 20 anos e o público que frequenta o evento há várias edições tem observado grande mudança na maneira de se falar de moda e na estrutura apresentada.

RG conversou com experts da área durante a semana fashion para saber, depois de todo esse tempo, o que melhorou, o que pode ser melhorado e qual balanço eles fazem. As respostas você confere abaixo:

Gloria Kalill – “O SPFW é um jeito de fazer moda de uma forma mais espontânea e dispersa. Os profissionais se especializaram e se organizaram também, desde a parte da indústria até o comércio. Pode melhorar mais se tivermos investimento no setor, como por exemplo, em tecelagem e matéria prima. Quase todo mundo trabalha com tecido importado e isso atinge a indústria brasileira”.

Costanza Pascolato: “O SPFW sempre refletiu o momento da nossa realidade no mundo da moda e da indústria têxtil. No começo era bem mais informal, mas com o tempo os profissionais foram se qualificando. O evento está impecável e tem uma ótima sala de imprensa para acomodar os jornalistas. A indústria têxtil está passando por um momento ruim, aliás todos os setores, e essa edição para mim representa uma espécie de reestruturação do setor”.

Patricia Carta: “São Paulo é uma cidade complicada e pode imitar as edições internacionais. A cidade tem muito trânsito nas grandes avenidas e seria muito melhor se tudo se concentrasse em um lugar só, por praticidade mesmo. Isso são detalhes, afinal o mais importante é ter um calendário de moda brasileiro já há 20 anos e isso ser reconhecido internacionalmente. Isso é o mais importante de tudo”.

Marina SanVicente: “De um modo geral, a coisa ficou muito mais profissional . Parece que só funcionava para quem era do meio e, hoje, virou algo que interessa a todo mundo. Fui modelo também e, de lá pra cá, vejo que as modelos que desfilam são bem diversificadas e isso deixa tudo mais interessante”.

Camila Coutinho: “A organização melhora a cada edição. A Bienal era um lugar incrível para o evento, mas aqui ficou mais prático para todo mundo. E não só isso. O SPFW valorizou as pessoas que trabalham com internet. Há blogers, vlogers e instagrans que ganharam espaço para fazer os seus trabalhos. O tempo passou e a organização se atualizou para oferecer o melhor para quem participa”.

Max Fivelinha: “Essa estrutura ficou ótima e melhorou o trânsito das pessoas. Os backstages são próximos uns dos outros e tem só duas salas de desfile, detalhe que facilitou muito nas últimas edições. Um ponto a melhorar é a localização. Não acho que o evento tenha a ver com esse lugar. Poderia ser a Bienal ou de repente o centro velho de SP, que combinaria mais ainda”.

Renata Kuerten: “É tudo bem mais animado do que em outras edições. Hoje tem DJ, musiquinha, o público sai de um desfile e aproveita o espaço externo dos food trucks para conversar e se divertir. Esse ambiente de descontração que foi criado só deixa o evento mais incrível”.

Talytha Pugliesi: “Eu acompanho desde o Morumbi Fashion e vi como isso cresceu de forma rápida. Deixaram o espaço do tamanho certo e facilitou bastante a movimentação das pessoas. Gosto muito da parte externa, acho que deveria ter mais”.

Patty de Jesus: “Já fui modelo e trabalhei bastante no SPFW e, de lá pra cá, houve uma mudança significativa em reação ao público. A comunicação ficou maior e o evento se tornou mais acessível, principalmente para quem não tem o costume de frequentar ou ainda não são profissionais”.

Otto – “Melhorou a qualidade dos desfiles e das coleções . Os profissionais em geral estão cada vez mais antenados com as novidades e são muito qualificados para fazer tudo funcionar da melhor maneira possível.

Helena Lunardelli: “Um ponto que eu tenho para destacar é a agenda que está bem organizada. Acho bacana os desfiles externos serem concentrados todos na parte da manhã. Facilita a locomoção de muita gente”.

Ucha Meirelles: “O espaço é incrível, a loja aqui do espaço interno tem produtos lindos para o público Eu adorava, por exemplo, quando era da Bienal, mas sabemos que o evento não acontece lá por uma questão de agenda. É difícil conciliar”.

Helinho Calfat: “A equipe do SPFW é a mesma há anos e eles são excelentes pofissionais, que trabalham duro. O evento tem uma boa localização e essa coisa dos food trucks é genial. Só pratos criativos. A única coisa ruim é a fila. Todo mundo quer, então fica cheio (risos)”.

Kelly Lobos: “Trabalhei nas primeiras edições e acompanhei tudo de perto. Os profissionais são mais qualificados e a equipe está sempre se atualizando. Não tinha credencial para assessoria de imprensa, por exemplo, e eles conseguiram organizar tudo em muito pouco tempo”.

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