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O leilão da Bethy Lagardère

Mais de 700 peças, entre vestidos e objetos pessoais, serão leiloados este mês. RG conta!

Por Matheus Evangelista

Uma das mulheres mais elegantes do Brasil resolveu desapegar de roupas e objetos pessoais. Mas que fique claro que o que estará no leilão não são simples vestidos, vasos e afins. Encontramos Bethy Lagardère nos corredores da edição de inverno 2014 do Fashion Rio e fomos logo conversando sobre esse assunto, afinal, e o arrependimento de deixar tudo de lado, onde fica? Bethy simplifica.

“Sinto um remorso – aliás, remorso não, porque não gosto dessa palavra, mas como não sentir um carinho por tudo que temos? As coisas que adquirimos ao longo da nossa vida existem por uma razão, tudo aquilo faz sentido e conta uma história. Não é fácil deixar para trás”, explicou ela, que vai usar o dinheiro da venda para ajudar a criar um projeto nacional e internacional de moda no país, a princípio, instalado em Belo Horizonte. “Será uma participação, não é um ego pessoal, e sim a tentativa de não deixar que a memória do Brasil em relação à moda seja violada”, explica.

Paulo Borges, idealizador das semanas de moda de São Paulo e Rio de Janeiro, estava ao lado e Bethy disse que conta muito com o ‘savoir faire’ dele neste projeto. Vestidos de Bethy, usados em uma exposição na edição de verão 2010 da São Paulo Fashion Week, estão, segundo Paulo, ‘guardados a sete chaves’ desde que o evento terminou, ou seja, chegou a hora de dar um lugar a tudo que Lagardère representa. E quantas peças são? “São mais de 700, entre objetos pessoais e vestidos de alta costura criados para mim em diversas ocasiões”, explica. Para se agendar e tentar arrematar uma das peças vale anotar: tudo será exposto a partir do dia 22 de novembro, e no dia 3 de dezembro, o leilão será realizado na Soraia Cals Escritório de Arte, no Rio de Janeiro. Très chic!

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