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Pedro Lourenço não quer opinar e nem falar sobre a Lei Rouanet. RG conversou com o estilista

Por Matheus Evangelista

O estilista Pedro Lourenço apresentou nesta quinta-feira (31.10) sua coleção de inverno 2014, mostrada originalmente em formato multimídia, em Paris, no começo do mês. Tudo aconteceu de manhã no Teatro Faap,que ficou lotado, afinal, esse desfile é fruto da captação de R$ 2,8 milhões via Lei Rouanet, da qual Pedro e outros estilistas foram beneficiados e todos queriam ver de perto as criações.

A coleção inspirada em Carmen Miranda empolga, é linda de se ver. Rica em detalhes, demorou seis meses para ficar pronta. Cheia de paetês e cristais, os vestidos, casacos e jaquetas parecem joias. Trabalho primoroso, coisa fina.

“Não sou minimalista, sou sintético”, contou o estilista em seu backstage. No entanto, com tanta inspiração tupiniquim, é de se espantar que pouca coisa tenha saído do Brasil. “Temos um mercado de luxo muito restrito no país e isso dificulta a criação. Estou tentando estreitar relações com fornecedores daqui”, explicou ele, que criou 99% da coleção com tecidos vindos da Suíça e Itália, e daqui mesmo apenas um forro de vestido criado pela Tecelagem Saliba, como o próprio contou para a imprensa no camarim.

“Coloquei apenas um look a mais na coleção que apresentei no Brasil”, disse Pedro, que não fala e nem se manifesta sobre a Lei Rouanet, um assunto polêmico e que vem gerando opiniões diversas. “Quero falar apenas da minha coleção, da parte criativa. Não estou disponível e nem interessado em falar sobre o assunto”, disparou. “Minha assessoria de imprensa pode te ajudar com isso se precisar”.

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