A fúria de Slimane

A fase atual da Yves Saint Laurent não é das melhores e de seis em seis meses, Hedi Slimane, o atual diretor criativo da Maison, mostra suas garras, contrariando fashionistas e colocando na passarela aquilo que mais lhe agrada, ignorando opiniões e críticas.

Com criações duvidosas, Hedi mostra que não está para brincadeira e acaba de ganhar mais alguns inimigos no mundo da moda. RG já explica: ele cancelou o contrato que a marca mantinha com a Colette, em Paris, tudo porque a loja conceito vendia camisetas com a frase “Ain’t Laurent Without Yves”.

Em entrevista ao portal WWD, Sarah Andelman, diretora criativa da Colette, explicou o que aconteceu. Primeiro, o diretor comercial da Saint Laurent entrou em contato pedindo que as camisetas deixassem de ser vendidas na loja online e no dia 25 de setembro, a loja recebeu um e-mail da CEO da YSL, Francesca Bellettini, acusando a multimarcas de vender produtos que afetam seriamente a imagem da label, e por isso a parceria comercial entre eles estava encerrada.

E as retaliações não param por aí. Hedi vetou o pedido de compra da coleção de verão 2014, orçado em US$285,738 mil, Sarah foi desconvidada (!) do desfile que aconteceu na última segunda-feira (30.09) e para completar, Slimane impediu que a revista indie “Document”, com o artista Joe Goode na capa e com foto do estilista, fosse vendida na boutique. Tá bom ou quer mais?

A camiseta em questão custa 42 euros e é vendida na Browns, Selfridges e Luisa Via Roma – lojas que não receberam nenhum tipo de contato da YSL. A parceria que as marcas mantém  desde 1998 renderam US$3.9 milhões até o presente momento, e a Colette já recebeu exposições da Saint Laurent, vendeu peças criadas por Tom Ford e Stefano Pilati quando eles eram estilistas, além de ter vendido móveis e a coleção de Slimane para a Dior Homme entre 2000 e 2007. Seria isso uma atitude mimada ou apenas mais uma forma de chamar atenção? Só o tempo dirá…