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Jean Paul Gaultier x Tim Blanks: desaforo, não

Estilista decide rebater jornalista, que havia feito severas críticas sobre seu último desfile

Foi-se o tempo que estilistas liam críticas – boas ou não – sobre seus trabalhos e levavam a diante suas vidas profissionais. Uns tentavam melhorar certos pontos , um tanto quanto óbvios, outros simplesmente davam de ombros.  E também, em outras “eras”, o trabalho do crítico de moda era levado mais a sério, como, por exemplo, compradores (aqui RG falando de business) levavam bem a sério o que cada um pontuava em sua resenha pós-desfile.

Mas, os tempos são outros. Não só no Brasil como na gringa também. E parece que 2013 é o ano das “revoltas”, sabe? Ninguém mais quer ficar calado diante de qualquer coisa que pareça errada. Último caso? O de Jean Paul Gaultier e Tim Blanks. O primeiro, que recusa apresentações, estilista, um dos mais respeitados. O segundo, jornalista – e editor – , que escreve para o site Style.com.  Tim escreveu, entre outras coisas, que Jean já tivera sido um grande estilista da moda francesa, criticando de forma bem objetiva seu último desfile, de alta costura. Mas…Gaultier não se calou. E não gostou. Decidiu rebater tudo o que Blanks disse. E para todo mundo ler, via Twitter/carta.
Aos fatos:

Tim Blanks escreveu, entre outras coisas, que o tempo de Jean Paul Gaultier já passou. Para quem usou Madonna e Björk na passarela, como musas, colocar Nabilla Benattia, como estrela da vez, é  usar alguém “em baixa no mercado”. Comentou também sobre alguns looks, que eram exagerados, pareciam cartoons. E que um look específico era cópia de Yves Saint Laurent. E foi enfático ao pontuar que “o trono da moda francesa realmente já foi de Gaultier”, mas que, hoje em dia, não mais.

Já Jean Paul Gaultier, rebateu: “Num tempo passado você gostava dos meus desfiles. Se você diz que meu tempo passou, eu respeito isso. Mas o Tim que eu conheci antes jamais me atacaria mais de forma pessoal que profissional. Sempre coloquei mulheres de diferentes tipos na minha passarela, tratar alguém como “em baixa no mercado” é muito baixo. E você poderia usar seu tempo melhor, como, por exemplo, relembrar a história da moda e perceber que o look não é um “eco” do que Yves Saint Laurent já fez, mas sim inspiração num vestido de Nina Ricci, de 1967, numa homenagem para Gerard Pipard, que recentemente faleceu. E se você está nostálgico com a minha moda, por favor, compre um ingresso para minha exposição que está acontecendo em Estocolmo e logo mais no Brooklyn e Londres (aqui, referindo-se a exibição especial que acontece com looks seus, como uma retrospectiva de seu trabalho).

Você pode clicar aqui e ver a carta de Gaultier na íntegra. O que acha do caso?

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