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Quanto vale o punk?

Mais moda que ideologia, spikes, rebites e moicanos coloridos caem no gosto das fashionistas e alcançam cifras altas nas marcas de luxo

Por Maíra  Goldschmidt

Se o diabo veste Prada, o punk, em 2013, veste Chanel. E Christian Louboutin. E o que mais tiver spikes. Ironia das ironias, o look do movimento, que tinha como lema o “do it yourself”, há tempos abandonou o caráter improvisado e quase artesanal e chegou às passarelas mais distintas. Os valores, claro, também dispararam. Lembra a camiseta toda rasgada da Balmain do desfile de verão 2010 que chegou às lojas custando US$ 1.700 (cerca de R$ 3.500 na cotação atual)? Digno de uma hashtag “quer dizer”…

Hoje, dá para brincar de punk sem abrir mão das peças de grife, mas fique sabendo que você vai acabar desembolsando uma boa quantia para chegar perto do visual de Patti Smith, que – atenção! – às vezes dividia o pão com o fotógrafo Robert Mapplethorpe porque eles não tinham dinheiro para comprar dois! Imagina para gastar com roupas…

Alguns valores para começar sua lista: um suéter roto e puído da Comme des Garçons custa 380 libras (R$ 1.200) na multimarcas londrina LN-CC, que faz entregas no Brasil; um scarpin de spikes Louboutin sai por R$ 3.490 na loja brasileira; e a Chanel Boy bag, que teve campanha estrelada pela neopunk Alice Dellal, US$ 4.500 (cerca de R$ 8.950). Mais: para ter cabelos arrepiados e coloridos, mais investimento. No salão CKamura, por exemplo, a descoloração custa entre R$ 500 e R$ 1 mil. E, para aplicar a tinta rosa, azul, verde, roxa ou a que você quiser, mais R$ 600.

E aí, topa?

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