Nero, por Guto Neves

RG, você sabe, é entusiasta do trabalho de Guto Neves. Designer talentoso, o criador tem ótimas passagens pelo currículo: de temporada no estúdio dos irmãos Campana ao momento nas empresas de Jack Vartanian, passando pelos rompantes criativos em alguns dos desfiles mais marcantes do São Paulo Fashion Week e sua coleção, a primeira da carreira, desenvolvida para a marca LeMi.

Sua nova investida? A alta joalheria. Sim, o Guto já havia contado pra gente, mas preferiu esperar que as peças fossem desenvolvidas. Eis aqui, portanto, suas primeiras criações para a Ego, multimarcas de luxo de Cristiane Rodrigues, uma das mais conceituadas profissionais do mercado. A marca representa três designers-joalheiros de fora – os alemães Hellmuth e Stenzhorn e o italiano da região de Valença Carlo Palmiero. A coleção de Guto Neves é a primeira de um brasileiro para a label, que tem duas vitrines nos domínios do hotel Fasano, nos Jardins, e atende com hora marcada seus clientes.

Nero, alcunha da coleção de Guto Neves, nasce de dois tapetes sobrepostos e da moldura de um quadro sem tela. Une seu amor pela arte, seu bom gosto, os esboços do seu caderninho (que vale ouro, com a licença do trocadilho), pensamentos antigos, desejos futuros… e o adendo do alto luxo, que culminou em 15 peças em ródio, diamantes e ônix que serão lançadas gradativamente. Peças românticas, apesar do design limpo. Coleção que aborda religião, palavras trocadas… uma somatória de traços e referências deliciosas de se ver, e usar.

Entre os planos futuros da marca, quem sabe uma galeria de joias. RG te conta logo mais, ok? Por ora, só seguir a seta para entender do que se trata. Lindo, Guto.