Gloria Maria em editorial da @bazaarbr, com fotografia de @msabah
Neste Dia Internacional das Mulheres, celebramos o legado de mulheres brasileiras que romperam paradigmas, fizeram história e seguem inspirando gerações em áreas como cinema, moda, esporte, música e jornalismo.
SIGA O RG NO INSTAGRAM
GLORIA MARIA
Gloria Maria em editorial da @bazaarbr, com fotografia de @msabah
Pioneira em várias frentes, ela foi a primeira a entrar ao vivo no Jornal Nacional e inaugurou a era da alta definição da TV brasileira. Desde que estreou como repórter em 1971, protagonizou momentos históricos e mostrou mais de cem países em suas reportagens. Em sua trajetória, fez trabalhos voluntários e deixou frases que ficarão como lembrança de sua personalidade e impacto na sociedade. “O racismo dói na alma. Quem não é preto, nunca vai entender isso”, disse.
“Tenho orgulho de ser a primeira pessoa o Brasil a usar a lei Afonso Arino, que punia o racismo não como crime, mas como contravenção. Fui barrada por um hotel por um gerente que disse que negro não podia entrar. Chamei a polícia e levei esse gerente aos tribunais. Ele foi expulso do Brasil, mas se livrou da acusação pagando uma multa ridícula, porque o racismo para muita gente não vale nada”, afirmou a jornalista.
GAL COSTA
Gal Costa – Foto: Bob Wolfenson
Um dos maiores nomes da música brasileira, com sua voz ímpar, Gal transitou por vários gêneros musicais. Foi eleita na lista de 200 maiores cantores e cantoras de todos os tempos pela revista “Rolling Stone” como a maior cantora do Brasil e pela revista “Time” como uma das 10 maiores cantoras do mundo.
Ícone da MPB, foi um importante nome da Tropicália, movimento cultural surgido no fim dos anos 1960 que impactou diversas formas de expressão artística, como a música, o cinema, o teatro, a poesia e as artes plásticas. Alguns dos maiores clássicos do período são “Baby” e “Divino, Maravilhoso”.
ELZA SOARES
Elza Soares – Foto: Marcos Hermes
Ao longo de mais de 60 anos de carreira que a consagraram como referência no samba e MPB, Elza Soares realizou feitos admiráveis em sua carreira. Teve inúmeras músicas no topo das paradas nacionais e foi eleita pela rádio BBC de Londres como a voz brasileira do milênio em 1999. Com letras fortes, ela chamou atenção para violência doméstica e racismo em suas músicas, incluindo faixas como “Maria da Vila Matilde” e “A Carne”.
Em 2015, lançou o disco “A Mulher do Fim do Mundo”, vencedor de Grammy Latino e eleito um dos dez melhores álbuns do ano pelo “The New York Times”, ao lado de nomes como Beyoncé, David Bowie e Radiohead.
ISABEL SALGADO
Isabel Salgado – Foto: Getty Images
Um dos maiores nomes do vôlei brasileiro, Isabel Salgado foi pioneira no esporte, abrindo portas para outras mulheres. Foi a primeira jogadora de vôlei brasileira a atuar na Europa, contratada pelo time italiano Modena em 1980. Disputou duas olimpíadas com a seleção brasileira de vôlei de quadra, em Moscou (1980) e Los Angeles (1984).
Na década de 1990, migrou para o vôlei de areia, se tornando uma das pioneiras da modalidade no mundo. Ao longo da carreira, usou sua voz para jogar luz sobre injustiças que via no meio e lutou por melhores salários e condições para atletas nos clubes, na seleção e no vôlei de praia.
ILKA SOARES
Ilka Soares – Foto: Divulgação/The Paradise Rio
Ícone da moda e do cinema nas décadas de 1950 e 1960, Ilka Soares foi uma musa brasileira em uma época em que as referências eram importadas dos Estados Unidos e da Europa. Ela estreou no cinema em 1949, com o filme “Iracema”, inspirado no clássico de José de Alencar. Como supermodelo, desfilou para nomes importantes da época, como Clodovil.
De origem humilde, sua carreira iniciou em 1947 devido a um concurso de Miss Brasil promovido pelo jornal “O Globo”. Sua mãe não tinha condições financeiras para comprar vestidos novos a cada semana para Ilka, o que era exigido no concurso, o que a levou a considerar desistir do concurso, mas ela conseguiu um patrocínio para que pudesse prosseguir.