“Sonic Pavilion”, no Instituto Inhotim | Foto: João Kehl
Aberto ao público desde 2006, o Instituto Inhotim inaugura neste ano uma nova fase em rumo à sua independência e longevidade. Seu fundador, Bernardo Paz, empresário e colecionador de arte, vai doar cerca de 330 obras de sua coleção para a instituição.
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Inhotim nasceu nos anos 1980 como um espaço privado com as obras de arte contemporâneas de Paz em Brumadinho, em Minas Gerais. Em 2006, o ex-magnata da mineração transformou o espaço a céu aberto em um centro sem fins lucrativos. Hoje, a coleção abrange mais de mil obras. São 23 galerias, incluindo quatro rotativas e 19 instalações permanentes.
Paz realizou uma das maiores doações individuais da história da cultura brasileira, com esculturas, instalações e diversas obras de arte contemporânea de nomes como Anri Sala, Babette Mangolte, Chris Burden, Dan Graham, David Lamelas, Do-Ho Suh e Ernesto Neto. Também fazem parte da doação definitiva todas as emblemáticas galerias do Instituto, como Adriana Varejão, Carlos Garaicoa, Cildo Meireles e Doug Aitken, além da área verde, que se estende por 140 hectares, e conta com um jardim desenhado por Burle Marx.
A doação inaugura uma nova fase do museu, denominada “O Inhotim de todos e para todos”, com o objetivo de transformar definitivamente a instituição em um bem público. Além das doações, foi criado um comitê consultivo para opinar sobre a incorporação de obras ao acervo e mobilizar recursos para novas doações. Bernardo Paz foi nomeado presidente do conselho, enquanto o empresário Eugênio Mattar será o vice.