Cena do es[etáculo “21” – Foto: José Luiz Pederneiras
Duas coreografias criadas com 25 anos de distância uma da outra – “21” nasceu em 1992, “Gira” em 2017 – compõem o programa de uma temporada extra do Grupo Corpo em 2022 no Teatro Sérgio Cardoso. A dobradinha representa um raro privilégio para o público: é a oportunidade de ter, no palco, dois momentos de força extraordinária na evolução da linguagem artística da companhia.
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O Grupo Corpo faz uma minitemporada extra em São Paulo, de 27 de abril a 1º de maio. É uma continuidade da temporada nacional, em Florianópolis (19 e 20 de abril) e Porto Alegre (23 e 24 de abril). O projeto é viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio premium do Instituto Cultural Vale e patrocínio master da ArcelorMittal.
Cena do es[etáculo “Gira” – Foto: José Luiz Pederneiras
O programa abre com “21”, marco da grande virada do Grupo Corpo na consolidação não apenas de sua gramática coreográfica, mas de seu método de criação: foi a partir daí que as trilhas sonoras passaram a ser encomendadas e a servir de base para a construção dos espetáculos. E “Gira”, saudada pela crítica como uma nítida, embora sutil, renovação desse vocabulário, representa outro ponto de inflexão ao incorporar os movimentos da umbanda.
Criado em 1992, “21” é um divisor de águas na história do Grupo Corpo. Depois de atuar por uma década com temas musicais pré-existentes, com este balé a companhia mineira de dança não apenas volta a trabalhar com trilhas especialmente compostas – como acontecera em seus primórdios nos bem-sucedidos “Maria, Maria” e “Último Trem”, ambos com música original de Milton Nascimento e Fernando Brant – como passa a adotar como regra este critério. A decisão proporciona a Rodrigo Pederneiras a oportunidade de dar início à construção do extenso vocabulário coreográfico, de inflexões notadamente brasilianas, que se tornaria marca registrada das criações do grupo.
Teatro Sérgio Cardoso – Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista, São Paulo (SP).