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Vitor Kley estreia fase emo rock e diz “querer surpreender o público” sempre

Vitor Kley estreia faixa emo chamada “O Amor Machuca Demais” – Foto: Cesinha/Divulgação

Vitor Kley estreia nesta semana o single chamado “O Amor Machuca Demais“. A faixa marca a entrada do músico em sua nova fase de carreira, bebendo da fonte direta do emo rock nacional.

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Em papo com o RG, o músico que estreou o álbum “A Bolha” (2020) conta que, a cada lançamento, ele se sente mais conectado com seu eu-artístico verdadeiro e mais livre para mostrar para o público seu som.

“Me sinto livre mas, ao mesmo tempo, com receio do que o público ia achar. Não devemos ficar presos ao que as pessoas esperam de mim. Quero surpreender o público”, completa.

Neste novo trabalho, Kley escolheu chamar grandes nomes que representam o ritmo do emo no Brasil para participar do videoclipe. Entre eles, estão os cantores Lucas Silveira, da Fresno, e Di Ferrero e a apresentadora MariMoon. “É uma parada muito legal porque um ajuda o outro, e vai puxando”, finaliza.

Os cantores Lucas Silveira, da Fresno, e Di Ferrero participam do novo videoclipe – Foto: Cesinha/Divulgação

Leia abaixo íntegra da entrevista com o cantor Vitor Kley sobre sua nova fase musical.

RG – Como você está com o lançamento de sua primeira faixa deste novo projeto de emo pop rock?

Vitor Kley – Estou feliz para caramba. É nosso som de essência, o que escutamos para caramba durante a infância e adolescência. Com isso, a gente fica na ansiedade pura, querendo saber o que todo mundo vai achar, se vão curtir. Mas, o que importa é a gente estar amarradão com o projeto!

RG – Aliás, como é que você sentiu que era o momento de ter esse projeto na sua carreira? Veio de uma vontade pessoal ou de uma onda de artistas que estão se jogando neste ritmo? De onde veio essa ânsia?

Vitor Kley – Ouvia muito esse ritmo, né? Tinha discos do Good Charlotte, do Blink 182. Meus pais são fãs demais de rock’n’roll e eu e meu irmão crescemos ouvindo isso. Lembro que ouvia ACDC no videogame porque tinha um jogo que tinha o som deles. Eu nem jogava: deixava o Playstation ligado só para ouvir e ficava indo e voltando. Sempre tive vontade para caramba de fazer um projeto assim. O que rola é que, naturalmente, vão acontecendo as coisas na carreira, foram indo as coisas. E agora estou produzindo os arranjos em casa. No meio da pandemia, comecei a compôr e fazer música sobre temas que não costumava abordar. Já sofri por amor, vi meu irmão sofrer muito por conta disso no meio destes tempos, você já deve ter sofrido também. Comecei a escrever sobre isso e fazer umas bases de guitarra em casa. Mandei para o Rick Bonadio, meu produtor, e ele amou o novo som. Começamos a gravar em abril deste ano e fomos indo!

RG – E, logo de cara, veio essa ideia de um projeto completo (que ouviremos completo nos próximos meses) ou nasceu apenas como um single?

Vitor Kley – Veio primeiro a “O Amor Machuca Demais”. Gravamos e mostramos para pessoas e elas piraram. Já bateu de cara essa ideia de nostalgia e percebemos que estávamos no caminho certo. Sentimos que tinha algo diferente e o refrão ficava na cabeça. Segui criando e vemos que tinha corpo para construir algo maior. Embarquei nessa e queremos fazer um álbum, algo nessa pegada, nessa levada.

RG – E lembro que, quando você estreou seu último álbum “A Bolha”, você afirmou em entrevista que você estava entregando seu eu-artístico primordial depois de fazer algo mais mainstraim. Agora, vemos que você está entregando neste single algo bem de referência sua do passado, que você consumia. Você sente que agora você está mais livre para ser o artista que você sempre quis ser?

Vitor Kley – Não vou mentir para você: cada vez que você vai lançar uma coisa nova, é uma dúvida, uma incerteza do mundo lá fora. Tenho isso em todo lançamento. Em “A Bolha”, sentia que estava mais perto de mim: algo mais banda, tinha pop, músicas com mudanças harmônicas. Coisas que eu realmente gosto. Me sentia livre mas, ao mesmo tempo, com receio do que o público ia achar. Então, vamos neste fluxo: cada lançamento vamos nos tornando mais livres. Não devemos ficar presos ao que as pessoas esperam de mim. Quero surpreender o público, também.

Cantor Vitor Kley – Foto: Cesinha/Divulgação

RG – Sobre os shows, você acha que vai construir um momento mais pop e um momento mais rock, ou vai misturar tudo?

Vitor Kley – Vai ser tudo junto: músicas da “A Bolha”, os grandes hit’s e esse nosso novo single. Ali é o momento de mostrarmos nossa potência musical, de fato. Tentamos achar uma fórmula de juntar tudo em um só.

RG – A gente vê um movimento, diria que, completo com esse retorno do emo rock nacional, com Fresno estreando álbum novo, Di Ferrero com novo single na rua e agora o seu novo trabalho, também. 

Vitor Kley – É uma parada muito legal porque um ajuda o outro, e vai puxando. Conseguimos fazer isso neste clipe de O Amor Machuca Demais, que convidei todos eles para participarem e eles toparam na hora.

RG – Falando do clipe, a cena final é você deitado dentro da sala de aula e eu entendi como se fosse uma espécie de sonho seu todo aquele encontro. Foi isso que pensou?

Vitor Kley – Aí que está! A gente quis deixar aberto, fazer com que o público interpretasse do seu modo se aquele moleque se quebrou todo mesmo ou foi apenas um sonho.

RG – E trazendo para o presente, lançar este projeto emo é um sonho do Vitor Kley?

Vitor Kley – Sonho demais. Para caramba! É um sonho gigante. É uma ansiedade enorme, estou com um frio na barriga para todo mundo ouvir tudo logo. Essa é a graça da vida, a gente trabalhar com estes contrastes. Vamo viver, vamos se jogar. A vida passa voando e a gente nem vê. Quero botar para o mundo, fazer acontecer. Mostrar minhas fases. Consigo me sentir livre e vivo.

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