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Thiago Martins: “Atuar e cantar pode ser um pouco complicado”

Thiago Martins em “Quintal do TG” – Foto: Divulgação

“A gente pode ser tudo e eu sou artista, essa é a bandeira que eu levanto”, afirma o cantor, compositor e ator Thiago Martins em entrevista para o Site RG. Entre o lançamento de seu segundo DVD, “Quintal do TG”, e as gravações de “Carga Máxima”, primeiro filme brasileiro de ação da Netflix, Martins falou sobre sua relação com a arte e as expectativas com o novo trabalho.

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Nascido e criado no Vidigal, o artista volta ao bairro de sua infância em sua nova produção como músico. “Quintal do TG”, lançado no último dia 18 de setembro, é o segundo DVD de sua carreira, logo após “7550 dias”, e já apresenta um cantor mais maduro e à vontade no palco. 

Segundo ele, muito desse conforto veio graças aos convidados, escolhidos por terem influenciado sua música de alguma forma. Leandro Lehart, Chrigor, Gustavo Lins, Xande de Pilares e Arlindinho são alguns dos nomes que participaram. “Eles já fazem parte da minha vida, são meus amigos, então foi uma grande celebração”, conta.

Mas o destaque vai para Jorge Aragão, que além de ter colaborado em uma das músicas, também foi um dos homenageados por Martins. “Fiquei muito feliz pela gentileza e generosidade do Aragão. Um cara que não precisa provar mais nada para ninguém, tudo que ele fez está aí para o mundo ver, e que sempre foi muito respeitoso e incrível comigo. Mais um dos motivos de eu ter escolhido exaltá-lo nesse trabalho.”

A princípio, a ideia do cantor era homenagear em vida os principais artistas que o fizeram cantar samba e chegar até aqui, os três primeiros nomes escolhidos foram Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Aragão. Mas isso acabou se estendendo a todos os outros convidados, que também foram importantes tanto para sua trajetória profissional quanto pessoal.

Thiago Martins grava DVD no Vidigal – Foto: Divulgação

Martins ainda contou que, inicialmente, o projeto “Quintal do TG” não era para virar um DVD, era apenas um registro que acabou ficando melhor do que eles esperavam e por isso decidiram aproveitar. Ao contrário do álbum “7550 dias” que já foi pensado nesse formato. “Esse primeiro DVD foi um sonho realizado, mas como logo depois veio a pandemia, foi difícil trabalhar esse disco na estrada”, relembra.

Para o segundo álbum, com as coisas voltando ao normal aos poucos, o artista espera conseguir levar o show pelo Brasil. E já tem até data para algumas apresentações pequenas e controladas: dia 25 de setembro em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, e 16 de outubro em Teresópolis, no Rio de Janeiro. 

“Muita gente ainda pede as músicas do ‘7550 dias’, e é muito bom ver as pessoas se identificando com o meu som. Toda minha verdade está explícita nesses dois trabalhos, então, como intérprete e compositor, fico bem feliz e orgulhoso com tudo que está acontecendo”, afirma. 

Já há oito anos em carreira solo na música, Martins fala que conciliar isso com a atuação pode ser um pouco complicado, e que é sempre necessário priorizar um ou outro trabalho. “Quando me comprometo com algum papel essa é a minha prioridade, assim como quando me dedico às turnês acabo evitando alguns trabalhos como ator”, conta ele, que ainda faz questão de agradecer a sua equipe. Afinal, ninguém faz nada sozinho. 

Em São Paulo até dezembro por conta da gravação de “Carga Máxima”, filme dirigido por Tomás Portella e produzido pela Netflix, Martins está focado nas gravações e nos shows já agendados de “Quintal do TG”. O DVD também está disponível em todas as plataformas digitais. Veja aqui.

Para o artista, que começou cantando no coral infantil da igreja e passou pelo grupo de teatro Nós do Morro, a ideia de que atores não podem ter uma carreira na música, ou que cantores não podem atuar, já é ultrapassada. “Eu sou um cantor e sou um ator, sou um artista brasileiro e eu quero levar a minha arte. Feliz da vida de poder prover emprego para os meus funcionários, ajudar meus amigos e minha família. E isso tudo foi a arte que me deu.”

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