Para o ano de 2018, o Metropolitan Museum of Arts, em Nova York, armou uma exposição sobre a relação da moda com a Igreja Católica – Heavenly Bodies: Fashion and the Catholic Imagination (“Corpos Celestes: Moda e a Imaginação Católica”, em tradução livre). O tema foi o mesmo que norteou parte dos looks do Met Gala, festa que, a despeito do glamour (ou da falta dele), é realizada com objetivo de angariar fundos para o espaço.
De acordo com o site do museu, a ideia é “examinar o engajamento da moda com práticas devocionais e tradições do catolicismo”. Pela primeira vez na história, roupas papais e acessórios da Capela Sistina saíram do Vaticano para fazer parte da mostra, que se tornou a maior do museu até agora, com 25 galerias e 6.000m².
As peças religiosas fazem um contraponto com roupas criadas por designers que já trabalharam o assunto em suas coleções, como a Versace, que é patrocinadora da exibição. Looks históricos de Donatella e Gianni como, por exemplo, o vestido de noiva apresentado na última coleção de Alta-Costura do fundador da marca,em 1997, aparecem na exposição.
O site The Hollywood Reporter pontua que uma das partes mais dramáticas da mostra é o espaço reservado para a Era Medieval. Vestidos opulentos de Alexander McQueen, Christian Lacroix, Dolce & Gabbana, Givenchy, Cristobal Balenciaga e Dior nos anos de John Galliano estão cercados por estátuas de santos, vitrais e outros símbolos religiosos.
Todo ano, a área de vestuário do museu possui uma mostra fixa, que é inaugurada com o badalado baile do Met, cheio de celebridades e figurões da indústria da moda. Este ano, os fashionistas capricharam nas produções com inspiração católica.
No ano passado, a homenageada no evento foi Rei Kawakubo, nome por trás da grife Comme des Garçons. Em 2016, o tema explorado foi a relação da moda com a tecnologia.
A exibição Heavenly Bodies: Fashion and the Catholic Imagination abre ao público no dia 10 de maio e vai até dia 8 de outubro. O valor dos ingressos varia entre 12 e 25 dólares.