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“Me permito uma licença poética em benefício do melhor resultado”, afirma Dudu Azevedo, indicado prêmio Goya

Por Natália Antunes

“Em cena me permito também uma licença poética em benefício do melhor resultado. Estou ali cumprindo, com o personagem, uma missão dentro da história”, afirma Dudu Azevedo, que deixou a Rede Globo no início deste ano para interpretar o vilão Zur na segunda temporada deOs Dez Mandamentos“, novela da Record que estreou no último mês de abril e já é recorde de audiência na TV brasileira.

Atuando pela primeira vez em uma narrativa bíblica, o ator que começou sua carreira aos 14 anos na saudosa série “Confissões de adolescente” da TV Cultura garante que esse fator não interfere na sua maneira de atuar: “É claro que existem referências pertinentes à época no que diz respeito a linguagem, comportamento, inclusive postura corporal. O preparo está no conhecimento, na consciência do que deve se cumprir com a passagem do personagem na história.”

Fruto de uma família de quatro filhos e criação soteropolitana, Dudu já dividiu as telas junto de nomes renomados como Leandra Leal, Maria Flor e até Gregório Duvivier. Com 37 anos e um currículo extenso na dramaturgia nacional, o ator carioca retorna para o universo da televisão após as gravações de um novo longa-metragem previsto para ser lançado no ano que vem.

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Escrito por Sergio Marques e Ana Maria Morethzson e adaptado para o cinema pelo diretor Gustavo Morethzson, parceiro de Dudu em outros trabalhos como “Devaju” e “A Saga de Um Poeta”, o longa-metragem “Nunca fomos tão modernos” conta a história de um casal que passa por uma crise e, por mais que se amem, não conseguem equalizar seus conflitos pessoais e sentimentos.

Ao lado da atriz Letícia Spiller, Dudu mostra toda sua versatilidade no papel de Gege, seu primeiro personagem homossexual.”É a primeira vez que faço um gay. Sempre me preocupo em contar a história de cada personagem que faço com o máximo de consciência e propriedade. Tento vestir cada personagem e morar neles enquanto estou trabalhando”, afirma.

Além dos trabalhos no país, o ator também está no internacional “Blue Lips“, rodado na Espanha em 2012 e exibido em outros países, como Argentina. Atuando no papel principal, a trama que gira em torno de seis personagens de diferentes lugares do mundo que se encontram na cidade de Pamplona, rendeu a Dudu uma indicação ao prêmio Goya de 2015 na categoria de melhor ator ao lado de latinos consagrados pela crítica mundial como Antonio Banderas e Ricardo Darín. “Filmar no exterior foi uma das experiências mais marcantes da minha vida! Abriu portas e abriu ainda mais a minha mente”.

Quando questionado sobre os trabalhos futuros, Dudu resolve manter o mistério: “Estou trabalhando num monólogo para esse ano ainda. Mais um mergulho inédito! Um drama, monólogo, no teatro. Desafio à vista.”

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