Você já deve ter ouvido que tudo em excesso faz mal e, realmente, existem muitos momentos na vida em que essa premissa se encaixa. Nos cuidados com a pele e o cabelo, por exemplo, o exagero pode ser muito prejudicial. Veja sete situações em que o excesso pode fazer mais mal do que bem à beleza:
SIGA O SITE RG NO INSTAGRAM
Aplicar muita máscara capilar
Embora esse produto faça parte da rotina de cuidados com o cabelo, é preciso tomar cuidado na hora de usar, pois, em exagero, o resultado pode não ser o esperado.
“O uso frequente e em excesso de máscaras capilares pode tornar seu cabelo pesado e sem brilho. Isso porque esse produto são soluções concentradas para que possam atuar profunda e rapidamente. Logo, se forem utilizadas com muita frequência, o produto pode acumular nos fios, tornando-os rígidos, opacos e quebradiços”, explica o dermatologista Jardis Volpe. O médico indica que cabelos mais grossos devem receber o tratamento uma vez por semana, enquanto os mais finos, apenas uma vez a cada duas semanas.
Lavar em excesso:
Muitas pessoas, principalmente com pele oleosa, abusam da limpeza facial com o objetivo de reduzir o brilho no rosto. Segundo a dermatologista Kédima Nassif, o ideal é lavar o rosto pela manhã e a noite, mas não mais do que isso. “O excesso de lavagem pode alterar a barreira de proteção da pele, gerar tanto ressecamento quanto o aumento da produção de oleosidade, além de poder causar uma dermatite de contato”, explica.
A médica afirma que esse exagero altera a produção natural de oleosidade da pele, modificando a barreira de proteção e deixando a pele mais suscetível ao ressecamento. “Uma pele propensa a ressecar vai, em contrapartida, ter uma produção maior de oleosidade, como uma reação do organismo de compensar o que é entendido como uma agressão”, acrescenta a dermatologista.
Esfoliar demais
A frequência com que se deve esfoliar o rosto é um fator que depende de cada tipo de pele, da estação do ano e dos procedimentos e tratamentos que estão sendo utilizados naquele momento. Para não ter erro: peles mais secas, sempre com orientação do dermatologista, devem ser esfoliadas de uma a duas vezes por semana, enquanto peles levemente acneicas e oleosas, até três vezes.
“Os intervalos precisam ser respeitados para que não irrite a pele, nem cause o efeito rebote, ou seja, o efeito contrário do esperado, estimulando a oleosidade, levando a abertura dos poros. Em peles secas, o tecido pode ficar avermelhado ou sensível, pois ocorre a retirada do manto lipídico natural de proteção e defesa do tecido”, afirma a dermatologista Claudia Marçal.
Usar muitos produtos em sequência
Usar um creme em cima do outro não vai fazer milagres na sua pele, tirando produtos realmente necessários, como hidratante, protetor e os indicados por seu dermatologista. “Rotinas de beleza que incluem muitos produtos podem causar grandes problemas, como dificuldade de penetração de um ingrediente e o fechamento dos poros”, explica o dermatologista Jardis.
Além disso, ao usar muitos produtos de maneira aleatória, há uma grande chance de cair em um erro de incompatibilidade química, no qual o cosmético poderá ter efeito reduzido e anulado.
Usar qualquer produto
Se você é daquele que adora um brinde, amostra grátis e presentes e não deixa de usar um cosmético na sua pele sem saber se realmente ele é indicado, saiba que pode estar cometendo um erro muito grande. “Incluir na rotina um produto que serviu na pele da amiga sem consultar o seu dermatologista é um exagero que pode alterar o equilíbrio do pH e da microbiota da pele”, afirma Jardis.
Ingerir demais alimentos considerados saudáveis
A alimentação é fator essencial para a saúde de peles e cabelos, mas alguns componentes, incluindo vitaminas e nutrientes, em excesso podem ser prejudiciais. “A ingestão demasiada de vitamina A pode causar perda de cabelo e dos cílios, além de ressecar a pele”, exemplifica a dermatologista Claudia Marçal.
Lixar os pés
A exfoliação dos pés deve ser feita, mas o uso da lixa deve ser evitado. “Quanto mais agressivo for o quadro de esfoliação, maior será o efeito rebote produzido pela pele. Num primeiro momento, nós podemos perder a capacidade natural de proteção, abrindo porta de entrada para fungos e bactérias. Além disso, podemos aumentar a sensibilidade da pele”, explica a dermatologista Claudia Marçal.
No lugar da lixa, deve-se usar esfoliantes à base de cremes ou com microesferas de óleos, podendo ser substituído por sal grosso em uma emulsão de óleos naturais ou açúcar com mel.