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Crise do luxo

Exemplos de como as marcas de luxo estão enfrentando a crise mundial

A recessao global segue firme nos pesadelos de grandes conglomerados – inclusive os de luxo. Segundo materia do WWD, aberturas de loja e lancamentos de colecao estao sendo adiados ou cancelados, colecoes estao diminuindo, a forca de trabalho ja e menor… Alem das classicas medidas para se conter gastos, algumas outras, as vezes inusitadas, estao na ordem do dia.


Os fashion shows de Milao, por exemplo, foram mais modestos nesta temporada. Segundo a produtora Gabriela Mazzei, da Without Production (produtora de desfiles de Burberry, Gucci e Prada), “neste clima economico, os budgets foram cortados. Os materiais foram escolhidos com maior atencao, as despesas com catering foram diminuidas”, conta. “A tendencia e cortar o superfluo. Shows mais simples, com menos cenografia e menos lugares”, acrescenta Bibi Terenzi, dona de outra produtora, a Spec Entertainment. “Champagne nao deve ser oferecido”, observa. “A tendencia e fazer desfiles com menos modelos. Ser low-profile”, determina Paola Baratto, da Elite Models de Milao.


Em Paris, varias marcam desfilaram em suas lojas: Martine Sitbon, Anne-Valerie Hash e Sonia Rykiel. Duas grifes, Jean-Paul Knott e Undercover, nao farao desfiles, apenas apresentacoes alternativas. Fora das passarelas, mais contencoes. “Eu soube de um joalheiro italiano que nao vai mais polir a parte debaixo de seus relogios”, contou Elisabeth Ponsolle des Portes, presidente do Comite Colbert, a associacao de luxo francesa. O florista parisiense Henri Moulie lamenta a queda de 30 a 40% de seu faturamente, desde o Natal. “Bons eram os anos de Tom Ford a frente da Yves Saint Laurent”, recorda. As petalas ja sao escassas nas boutiques da cidade. A Louis Vuitton, por exemplo, espera economizar mais de 1.5 million euros com a reducao de flores em suas lojas – segundo dados extra-oficiais. Plantas e flores duraveis sao “a nova formula”, ensina o florista.


Outras medidas incluem o corte de celulares de funcionarios da Gucci. E ate o uso de convites impressos, e nao mais caligrafados. Ajustes adequados a nova realidade – e ao mood geral, em que menos e mais. Pelo menos por enquanto.

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