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Roupas digitais: estilo, sustentabilidade e oportunidade de negócio

Foto: Divulgação/Istock

Estilo, tendência e exclusividade são algumas palavras que podem representar muito bem o que grande parte das pessoas busca no universo fashion, mas, ao adicionar as palavras sustentabilidade e tecnologia, nos deparamos com uma nova categoria que está ganhando cada vez mais espaço na moda: as roupas digitais.

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Mesmo com a existência do movimento slow fashion, que preza pela produção de peças duradouras, em menores quantidades e produzidas com maior respeito ao meio ambiente e aos animais, as mídias sociais impulsionaram a obsessão com as aparências, tornando os feeds verdadeiras vitrines que impulsionam o consumo.

Fotos com looks repetidos, por exemplo, para muitas influenciadoras digitais, é algo absolutamente proibido, e isso faz com que muitas aspirantes e seguidoras comprem peças para serem usadas uma única vez. A moda digital surge como uma oportunidade de suprir essa demanda, sem estimular o desperdício, já que a indústria têxtil tem grande impacto no meio ambiente.

Roupas digitais na prática

Se você ainda não conhecia essa categoria, é provável que esteja pensando “como assim, roupas digitais?” ou “dá para usar?”. A resposta é sim. Um dos principais benefícios das peças produzidas digitalmente é que, além de servirem como um provador online, elas também são moldadas de forma exclusiva para cada cliente.

Ao fazer a compra, basta enviar a foto escolhida para que o look, dos mais extravagantes e modernos aos clássicos de grifes, seja adicionado, por meio de um software de edição 3D. Assim, é possível dar um toque de movimento e conceder para a composição mais naturalidade, estilo e destaque.

Apesar de oferecer boas vantagens, como a possibilidade de usar, mesmo que de maneira virtual, trajes de grife e modelos limitados por um preço mais acessível, a tecnologia é recente e as iniciativas ainda estão engatinhando. Uma das primeiras roupas virtuais foi leiloada em 2019 por US$ 9.500. O valor dessa peça é simbólico e mostra o potencial que a categoria tem; afinal, os preços atuais variam entre R$ 60 e R$ 180.

Duas marcas têm se destacado no mercado por produzirem quantidades restritas de looks para a internet; são elas a escandinava Carlings e a alemã The Fabricant. Já a inglesa Hot Second recebe doações de roupas em troca do acesso a um vestuário online, que contém peças das marcas Carlings e The Fabricant.

Ao que tudo indica, nossa maior aproximação com o metaverso e a realidade aumentada garante às roupas digitais um cenário positivo e potencializador, especialmente para o empreendedorismo feminino, já que o foco principal do mercado de vestuário são as mulheres.

Por isso, se você faz parte das que se interessaram por esse novo modelo de negócio, é recomendado abrir uma empresa, consultar o CNPJ e acompanhar todos os trâmites jurídicos para investir com tranquilidade e segurança no que podemos chamar de futuro das roupas.

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