Taís Araújo calça Studio Z – Foto: Divulgação
A atriz Taís Araujo, atualmente na novela “Amor de Mãe”, da TV Globo, conversou com RG durante sua participação como estrela da nova campanha da marca Studio Z. A campanha “Eu quero, eu posso!” evidencia os principais diferenciais da marca, além de reforçar o poder libertador da moda e sua importância como forma de expressão.
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Durante o papo, Taís falou como vê sua influência na moda, que ela explica ser uma questão de geração, e que ela preza pela liberdade de se vestir. Contou também sobre seu próximo trabalho, “Cara Coragem”, novela das19h, em que ela faz duas personagens. “Primeira vez que vou fazer um trabalho assim”, diz.
Taís contou também sobre sua importante relação com as redes sociais, como se relaciona com seu público e o que gosta de postar. “A gente só coloca o que é interessante para a gente, mas ao mesmo tempo, abre um caminho bonito de um diálogo muito interessante com o público, eu, que faço muita televisão, que durante muito tempo não tive acesso às pessoas, e as pessoas terem acesso a mim, do Brasil inteiro, do mundo inteiro.” Também falou sobre o preconceito que teve em usar shorts por achar que suas pernas não eram bonitas para isso.
Leia a seguir entrevista feita por email com a atriz:
Como você vê sua influência na moda?
Nossa! Que pergunta difícil. Como eu vejo a minha influência na moda? Eu sou uma mulher de 42 anos, com dois filhos, eu acho que não só eu, eu acho que a minha geração, dessas mulheres que têm filhos e estão com essa idade ou de 30 para cima, em que a gente não se encaixa nos padrões, que as nossas mães eram ou que a gente entendia do que era mãe, a moda está entendendo que não há uma regra para me vestir, você não vai me encaixar nessa regra, quem determina isso sou eu. É um pouco ousado, mas eu acho que é isso que a minha geração veio pregar mesmo e as gerações mais jovens, né, que a minha.
Quais são seus próximos projetos na TV, no teatro e no cinema?
Está no ar agora “Amor de Mãe” novamente, o final que a gente gravou. No meio do segundo semestre, quando tudo acalmar, começo a gravar uma nova novela das sete que chama “Cara Coragem”, que eu faço duas personagens, primeira vez que vou fazer um trabalho assim. Assim que tiver vacina, que a gente puder ir ao teatro eu e o Lázaro pretendemos voltar com “O Topo da Montanha” o quanto antes, mas só vamos voltar quando for seguro para todo mundo.
E com as redes, qual sua relação atualmente, vemos que você e Lázaro são bem fluentes nas redes. Qual a importância de ceder sua conta para mulheres negras? O que significa isso?
As redes são muito importantes para mim, né? Sou uma pessoa que comecei a trabalhar com 13 anos, eu tenho 42 anos, então são 29 anos de vida pública. Vinte e nove anos que, durante muito tempo, eu lia o que outras pessoas pensavam sobre mim, né?! No caso, jornalistas que tinham a oportunidade de conversar comigo duas horas só e tiravam conclusão de quem eu era. Então as redes são importantes nesse sentido que a gente se representa ali. Cada um representa de uma maneira. Cheia de filtro, óbvio que sim. A gente só coloca o que é interessante para a gente, mas ao mesmo tempo, abre um caminho bonito de um diálogo muito interessante com o público, eu, que faço muita televisão, que durante muito tempo não tive acesso às pessoas, e as pessoas terem acesso a mim, do Brasil inteiro, do mundo inteiro. Olha como é importante isso, a presença das redes. Na verdade, prefiro indicar pessoas e seus trabalhos nas minhas redes para que pessoas sigam essas pessoas, sabe? Eu mostro o feito para a pessoa, a característica e indico para seguir. Porque o que eu quero com essas mulheres negras e outras mulheres também, não negras, e homens, enfim, pessoas que tenham trabalho que eu considere edificantes, é que eles tenham mais seguidores. Então indico para que as pessoas os sigam. Essa é a minha postura, é a minha escolha.
Taís Araújo calça Studio Z – Foto: Divulgação
A nova campanha da Studio Z fala sobre empoderamento, mostra que querer é poder. Quando o assunto é moda, tem alguma peça que você achava que não podia usar e depois incorporou ao seu estilo?
Ah! Engraçado isso porque antes eu ficava, claro, como toda mulher, como todo mundo, preso num determinado padrão. Achava que não podia usar shorts, primeiro porque eu achava que a minha perna não era boa para usar shorts. Olha isso, que absurdo! Achava que tinha celulite e não podia mostrar. Tinha vergonha ou achava que o shorts era curto para a minha idade, como se idade determinasse alguma coisa. Então, hoje em dia, eu me livrei de tudo isso, estou me livrando aos poucos, tá?! Não tá fácil não, mas já coloco um shorts, estou abrindo muito assim o leque das coisas que eu considerava que eu não usava. Hoje em dia eu sei que posso usar tudo, eu sei racionalmente. E aí, agora o próximo passo é ter coragem de usar, sabe? É vencer essa barreira, que algumas ainda existem.
Além de ser uma profissional incrível, você também é mãezona. Como você educa seus filhos para que eles queiram e possam ser quem são?
A maternidade é um assunto muito complexo, muito delicioso também. Eu educo meus filhos para que eles tenham liberdade, para que eles possam escolher ser quem eles quiserem ser, com muito afeto e com limite. Acho que ser humano tem que saber qual é o seu limite. Não ser limitado por ninguém, mas saber até onde eu posso ir, muito na questão de lidar com o outro para não machucar o outro, para não magoar o outro, de olhar para o outro, então eu crio os meus filhos…na verdade a gente está aprendendo a ser mãe e pai, né? Os filhos ensinam a gente diariamente, que tipo de mãe e que tipo de pai a gente vai ser, porque os filhos são completamente diferentes um do outro. Eu tenho dois filhos e não é que eu crie de maneiras diferentes não, mas é que cada um tem uma necessidade em um lugar e isso é muito gostoso de você ver também, individualiza a maternidade e isso é muito bonito. Eu quero que os meus filhos sejam livres e que não sejam seres frustrados e que respeitem os outros, basicamente é isso.