No último ano, o nome Kaique Oliveira tem sido muito debatido quando o assunto é o look das famosas. Dono do look eleito como mais usado entre as celebridades no Ano-Novo, o sergipano abre sua história exclusivamente contando sobre preconceitos no início da carreira e menciona a real importância que é ter famosas como Anitta, Iza, Luísa Sonza, Xuxa e Izabel Goulart usando seus looks.
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Oliveira conta como iniciou na moda e revela sua influência: uma família de costureiras do interior de Sergipe (sua cidade natal). “A moda sempre foi muito presente na minha vida, cresci entre fios, cortes de costura e tecidos, venho de uma família de costureiras. E para ser sincero, acredito que a moda nasceu em mim, desde sempre eu tive muito claro qual o caminho profissional que eu queria trilhar.”
Diante de muitos “nãos” que recebeu no inicio de carreira, o estilista garante nunca ter deixado que experiências negativas abassem sua gana de vencer na carreira.
“Acho que todos sofremos preconceitos de alguma forma, em algum momento. Eu passei por muitas experiências, talvez não explícitas, mas uma espécie de preconceito velado. E nesta questão o meu posicionamento é quem ditou muito o peso das coisas, porque eu acredito muito que meu foco fez com que eu não desse ouvido e não absorvesse absolutamente nada de ruim que pode ter sido passado, ou que tenha sido feito ou dito para me atingir de alguma forma.”
O fashionista revela que o seu segredo de sucesso está em uma equipe super competente e, é claro, na internet, que causou um up na apresentação do seu trabalho.
“Toda grande conquista exige estratégia, e muita persistência. Tudo isso sempre foi um grande sonho e sempre soube que não seria fácil, tudo está atrelado à dedicação e à confiança no meu potencial. Tenho uma equipe preparada, competente, e extremamente profissional que também faz parte de toda essa estrutura. A internet foi um push up, foi minha chave de ouro, por meio dela eu consegui visibilidade, e essa visibilidade impulsionou a marca não só no reconhecimento mas em vendas também. Cada etapa teve sua importância e seu peso no posicionamento da Kaoli [marca de Oliveira].”
O que poucos sabem, é algo que Oliveira nos revela exclusivamente: Sua marca fará um desfile online se adaptando ao novo mundo pós-pandêmico.
“Este é o momento de reinventar, de pensar em soluções em prol da vida, que se adapte à nossa presente condição, a ideia do desfile virtual partiu disso. A internet facilitou não só a comunicação, mas como tudo pode acontecer, shows, aulas, até relacionamentos hoje estão online, por que não a moda? Um jeito seguro e confortável que nos possibilitou a não parar. Não posso negar que será mais um desafio, mas a adrenalina sempre me moveu a entregar o melhor de mim, tudo está sendo planejado e desenvolvido com toda cautela para conseguirmos o êxito esperado.”
Acostumado a vestir os maiores nomes do Brasil, o profissional da moda conta a importância de ter celebridades usando peças assinadas por ele e reflete sobre quem são suas maiores parceiras de trabalho.
“A visibilidade é indiscutivelmente maior, quando alguém famoso usa algo seu é como uma explosão, seu trabalho se espalha com muita rapidez, e eu sou muito grato a esse perfeito acaso, porque ele alavancou a imagem da minha marca, e me trouxe pessoas e momentos muito especiais. É visível a importância que as pessoas podem dar ao seu trabalho antes mesmo de conhecê-lo a fundo apenas por verem alguém da mídia vestindo um look seu. Bianca Andrade é uma pessoa por quem Oliveira tem um carinho imenso e muita admiração, tanto pela pessoa como pela carreira, e é uma amiga que sempre esteve ao lado da Kaoli. Gleici Damasceno também é uma pessoa maravilhosa, que inclusive inspirou uma coleção a qual eu tive muito orgulho de lançar.”
É indiscutível que nos últimos anos o e-commerce tem sido uma alta opção de consumo principalmente no mundo da moda, depois da crise mundial causada pela Covid-19. Milhares de lojas mundo afora precisaram fechar suas portas. Oliveira fala sobre o novo método de consumo e sobre quais as mudanças significativas que isso trará ao novo mundo pós-pandemia.
“Minha crença em um mundo consciente se estende também ao mundo da moda, os impactos negativos sociais e ambientais do fast fashion são inerentes. Mesmo com poucas décadas de existência, já é possível identificar muitos problemas. Tudo o que vimos e vivenciamos neste período assustador deu início a uma nova fase, o e-commerce transformou o mercado econômico, proporcionando inúmeras vantagens, e ele está em constantes atualizações. Quando falamos de e-commerce hoje não temos limitações, uma compra virtual pode acontecer até em uma janela de WhatsApp, isso é mágico. As pessoas estão entendendo o valor real das coisas da vida, e isso muda completamente o jeito de agir e de viver, e acredito que a moda vai acompanhar isso. O pós-pandemia é praticamente o restart no mundo, uma nova chance, e para isso precisamos fazer tudo diferente. Minha maior aposta é primeiramente o consumo consciente e menos para ser mais, e quem compreende essa necessidade de renovação, preservação de consciência verde, ressignificou a vida.”