A semana de moda de Nova York é sempre a mais divertida, colorida e ousada do calendário oficial, principalmente por reunir marcas mais jovens e designers com um tino para inovar. Não foi diferente nesta temporada. Entre a excentricidade de Jeremy Scott e a ousadia de Marc Jacobs, houve classe e elegância, mas muita moda fun nas coleções de verão 2020.
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Mas uma marca se destacou no penúltimo dia de apresentações: a Libertine. O foco do desfile foram as estampas, que coloriram ternos, casacos, camisas, macacões e todas as peças apresentadas. Não houve espaço para roupas lisas, haviam desenhos e cores em tudo. O show começou com uma cartela de cores primárias e estampas que misturavam dragões, tigres, flores e nuvens. A cada peça, o tigre ficava maior, quase se tornando um animal print.
Mas esse tipo de estampa apareceu em uma releitura moderna e leve. Um tecido branco formava sobre um material transparente um padrão que remete às manchas de uma girafa. O animal print misturado com transparência criou uma mistura divertida que, dependendo das peças com que for combinada, pode criar um look muito fashionista.
Um mosaico de imagens vintage azuis criou uma estampa que remetia a selos antigos, enquanto, em outra peça, várias pequenas imagens coloridas da estátua “Disco David”, de Michelangelo, formava uma espécie de piet de poule em verde, azul e rosa.
Para quem gosta de algo mais clássico, peças com fundo preto ganharam uma aplicação de cristais em formato de dragão. Arabescos prateados também enfeitaram peças mais sóbrias, como um belo vestido verde. Outro recurso usado pela marca para quem não se sente confortável em apostar em muitas cores foi a estampa preta e branca, que apresentava apenas o contorno dos desenhos.
Ainda com uma pegada menos ousada, algumas peças receberam aplicações em flores coloridas ou estrelas prateadas delicadas. Em uma versão mais irônica, o tecido preto foi preenchido com pontos de interrogação gigantes e chamativos.
Duas estampas com fundo branco se destacaram pelo efeito criado. Na primeira, flores rosas murchas criaram um padrão animado, mas sentimental quando visto de perto. Na segunda, uma mistura de desenhos simples, frase, memes e selos remeteram à um caderno de rabiscos, com imagens em preto, azul, laranja e verde.
Para fechar o desfile, não poderia faltar o tie-dye. A estampa, que esteve fora de moda por diversos anos, voltou com tudo para o streetstyle e causou uma explosão de cores no encerramento da apresentação da Libertine.