Nesta terça-feira (5) é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente,uma pauta de extrema quando falamos de moda. De acordo com a rede BBC, a indústria fashion é a segunda mais poluente do mundo, perdendo apenas para a indústria do petróleo.
Fatores como os inseticidas usados na plantação de algodão, a demora na decomposição de tecidos e o descarte irresponsável de elementos usados no tingimento de produtos são apenas alguns exemplos dos maus que o segmento causa ao solo e às águas.
Por isso, cada vez mais marcas apostam em ideias inovadoras atreladas à sustentabilidade e lançam produtos de bem com a natureza. Conheça 10 marcas brasileiras que defendem o meio ambiente:
Insecta Shoes
Criada em 2014, a Insecta Shoes produz calçados e acessórios ecológicos e veganos, usando como matéria-prima o tecido de peças de roupas usadas. A iniciativa, que também reaproveita garrafas de plástico e não utiliza nenhum material de origem animal, desenvolve oxfords, botas, slippers e sandálias unissex e aumentam a vida útil de materiais que já circulam pelo mundo. Tudo é reaproveitado: a borracha excedente da indústria do calçado é triturada e transformada em sola; a couraça é feita de plástico reciclável e a palmilha é confeccionada a partir do próprio excedente de material da marca. Segundo o site da Insecta, em dois anos, eles reaproveitaram 2100 peças de roupas, 630 quilos de tecido e 1.000 garrafas PET.
Comas
Usando a técnica do “upcycling” – ou seja, transformar um material descartado em uma peça de valor igual ou superior – a Comas reutiliza camisas masculinas que foram rejeitadas por controles de qualidades das fábricas. Os tecidos são reaproveitados na criação de designs femininos. Criada em 2015 pela estilista Agustina Comas, a marca já evitou que mais de três mil metros de tecidos fossem jogados no lixo.
Lina Dellic
Perfeita para quem deseja montar um armário capsula, a Lina Dellic oferece peças minimalistas e atemporais, e preza pela valorização do slow fashion. Segundo o site da marca, a missão é “integrar um universo de peças que sempre interajam ente si, independente de seu lançamento”.
Hayô
Além de usar apenas colas e óleos de origem vegetal, a Hayô cria armações de óculos usando madeiras de demolição. Com uma cadeia de colaboradores e consumidores pautada na transparência – a origem e a história dos insumos chega ao comprador junto do produto -, a marca dá nova vida a um material que, a princípio, não tem mais valor comercial.
Gioconda
A Gioconda se dedica à produção de lingeries sustentáveis. Para evitar a produção em massa, a própria estilista leva os materiais para a confecção, garantido também uma cadeia de trabalho responsável. Além disso, as sobras dos tecidos (sempre de algodão) usados nos designs, inspirados em sutiãs e calcinhas antigas, são reutilizados na confecção de saquinhos usados como embalagem.
Crua Design
Com o objetivo de ressignificar materiais descartados e inusitados, a Crua Design é um ateliê de acessórios que valoriza a qualidade da matéria prima e o trabalho local. As peças são feitas artesanalmente e se encaixam bem no conceito de ‘exclusivas’, já que há pequenas diferenças de tamanho e tonalidade na produção de modelos iguais.
PP Acessórios
É a partir do couro cru excedente da indústria calçadista que os acessórios da PP são criados. Como não há estoque, todas as peças são cortadas na loja-atelier da marca, em Porto Alegre. Aenas quando têm contato com a pele que as criadoras da marca, Amanda Py e Petula Silveira, decidem qual será o resultado. A reutilização do material diminui a demanda do couro e a produção de lixo.
From Colors
A From Colors associa produção totalmente nacional ao reaproveitamento de retalhos e à mão de obra bem-remunerada para criar peças exclusivas para que o consumidor pense em termos de qualidade e não de quantidade. O principal conceito da marca é a “arte autoral impressa em tecido”, com ilustrações produzidas pelo próprio time da etiqueta.
Paimm
Além de comprar uma peça sustentável, fabricada a partir de borracha da Amazônia, tecido de garrafa PET, seda orgânica e algodão orgânico, quem consome os produtos da Paimm também ajuda as comunidades extrativistas da Amazônia. Idealizada por Manu Paimm, a marca tem o látex como matéria-prima e apoia o comércio justo do produto.
Ada
O nome é uma homenagem a Ada Augusta Byron King, a criadora do primeiro algoritmo a ser processado por uma máquina, e diz muito sobre um dos três pilares da marca: slow fashion, feminismo e veganismo. Com 28 tamanhos disponíveis, a Ada busca empoderar mulheres, incentivar o consumo consciente e não utilizar produtos de origem animal. A loja não trabalha com coleções, e homenageia grandes mulheres em suas peças atemporais.