PorLuigi Torre, para Harper’s Bazaar
Sob direção criativa de Alessandro Michele, a Gucci entra numa nova fase. Uma fase em que busca retomar sua relevância no mercado – e, acima de tudo, os milhões em venda perdidos nos últimos anos.
A forma é poderosa, ainda que um tanto diferente daquela imagem referencial aos arquivos da marca, com a qual estávamos acostumados. É que a Gucci de agora é mais romântica e menos sexy. Mais emocional, até.
Para este inverno 2015, o ponto de partida é o passado, mas sem ponto específico. Em sintonia à atual vertente, que busca no que já aconteceu as ferramentas necessárias para entender o que acontece e o que acontecerá, Michele mistura, por exemplo, a alfaiataria militar dos anos 1940, a boemia 70′s dos vestidos plissados, a tapeçaria floral da era Gregoriana, a sensualidade sombria dos tempos vitorianos.
E o resultado não é nada nostálgico. Se não novo, é desconectado dos tempos. O que pode explicar a facilidade com que nos relacionamos com a imagem que vemos nas passarelas. Imagem de uma extravagância decadente, de gênero indefinido, totalmente alinhada às mais quentes vontades do momento: de uma moda novamente opulenta, com tecidos ricos em texturas e bordados, mas ainda algo pessimista.
Goste ou não, e para além de todo drama da sucessão, a Gucci volta a ser assunto ao refletir exatamente o que acontece no mundo. Clique em nossa galeria para ver looks selecionados da passarela da grife, em desfile realizado nesta quarta-feira (25.02), na semana de moda de Milão: