As coisas não andam bem para a Abercrombie & Fitch. Isso porque o grupo dos “3As”, do qual a marca faz parte, ao lado das labels Aeropostale Inc e American Eagle Outfitters Inc, parecem ter deixado a atenção dos jovens americanos recentemente. Coincidência ou não, tudo bate de frente com o fato das recentes polêmicas envolvendo a postura da A&F com relação a pessoas pobres, gordas e até com a cor preta. Os jovens consumidores parecem estar mais interessados em cadeias de fast-fashion, mais baratas que a Abercrombie, como Zara, Forever 21 e H&M.
Bryan Kane, gerente de portfólio da Alpine Global Consumer Growth Fund, diz que a marca “parece ter saído de moda para seu público alvo e isso não muda tão fácil”. E a situação é crítica: para a Aeropostale, por exemplo, a queda nas vendas foi de 15% no último trimestre. Já para a American Eagle, a situação atingiu os preços e a marca teve de reduzir sua margem – o menor nível nos último ano e meio.
Estatísticas do governo americano demonstram que os jovens têm gasto mais com eletrônicos e menos com roupas. Isso porque o nível de desemprego aumentou e os pais dos jovens estão se recuperando da crise econômica.
A situação para marcas como a Abercrombie é crítica com o avanço de labels estrangeiras, como a sueca H&M, que teve um aumento de 10% em vendas no primeiro semestre de 2013, a japonesa Uniqlo, que deve abrir seis novas lojas na próxima temporada, e a Zara, de origem espanhola, que triplicou sua atuação no país de 2007 a 2012.
Talvez seja mesmo hora da Abercrombie dar um stepback nas polêmicas e começar a recuperar a credibilidade.