por Jeff Ares
Casadoira amiga, fique feliz: na recém-inaugurada flagship store da Cartier, no shopping Cidade Jardim, em São Paulo, o seu reluzente anel de noivado lhe aguarda, acolegado à sua aliança de brilhantes. E sem sustos: tem para muitos bolsos, desde um anel de cerca de R$5mil, com um brilhantinho singelo pero ofuscante, até best sellers como o “Solitaire”, 1.7 quilates de faroletes que lhe arrancam cerca de R$180 mil – e sorrindo. Mas nem se espante, os preços podem subir ainda mais, com aneis feitos do jeito que você quiser. Você pode ter um Cartier exclusivo, one of a kind, como os encomendados por pachás, princesas, marajás aos irmãos Cartier, lá no início do século 19, quando Louis, Jacques e Pierre tomaram para si a pequena joalheria do pai e a transformaram num radiante negócio. Naquela época, porém, não havia cartão de crédito: eis o grande trunfo da flagship brasileira, que parcela as suas compras em até 10 vezes, e promete praticar preços apenas 15% maiores do que nas lojas americanas, e 20% maiores do que nas francesas. Faça as contas… É investimento, afinal. “Há uma corrida por diamantes”, conta a nossa cicerone. “Estão mais escassos, e os preços estão subindo”, nos contou a moça, que gentilmente nos explicou cada pormenor de cada coleção-hit da marca, dos leopardos às orquídeas, passando pelas joias couture – a nova coleção, aliás, será apresentada a partir de 16 de setembro, em Paris, para o deleite de russas e chinesas, vorazes consumidoras.
Tem para homens, também. Na flagship, impressiona o espaço reservado aos relógios. A marca os faz há 108 anos. Santos Dumont, nosso herói, teria feito muxoxo aos irmãos Cartier, contando que não conseguia ver as horas à bordo de seu avião com o seu relógio de corrente, uma atrapalhação sobremaneira – imagina se a alça enrosca, que maçada! Dumont ganhou um relógio para chamar de seu, e uma linha reluz ali, em sua homenagem, ao lado de outras tantas, algumas com um design mais arrojado, para arrebatar públicos mais jovens. “Somos vanguardistas”, reforça nossa cicerone, que por conta da política da empresa não pode ter sua alcunha por nós revelada. Uma pena, digna de nota. Quase me convenceu a casar, de tão persuasiva.
Cartier
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