Apenas 30 jornalistas puderam conhecer o que Paula Raia e Fernanda de Goeye prepararam para os armarios de inverno de suas fieis consumidoras. O formato deu o que falar, ja que os desfiles da marca sao concorridos, e em geral reservam cenas grandiloquentes. Desta vez, a loja do Itaim serviu de palco para as modelos. Cadeiras dispostas no espaco principal, retangular, receberam jornalistas dos principais veiculos e alguns pouquissimos convidados, apenas gente da familia das estilistas. Para a imprensa especializada, a impressao geral e de prestigio, conforto e praticidade. As roupas se revelam melhor, assim mais proximas. Ha mais tranquilidade para trabalhar e conhecer de fato o que se propoe.
RG Vogue descobriu, porem, que alem da bem-vinda mudanca de ares, o desfile foi menor porque um consideravel montante do budget da marca esta empregado na primeira campanha da Raia de Goeye, que deve ser lancada em Marco. “Vai ser feita por uma agencia de fora, com uma modelo bacana”, revelou Paula.
Acordes de “Fake Empire”, da banda de rock nova-iorquina The National (e que inspira uma nova cena por la, o “weird rock”, sobre a qual RG Vogue vai se estender depois), criaram o clima para o andar das modelos, de cabelos longos, volumosos e encaracolados – curly e o novo preto? As marcas de estilo da Raia de Goeye estavam todas la (os recortes, as calcas de bolsos laterais…), salpicadas por inspiracoes em quatro imagens: uma velha poltrona Chesterfield (descanso de tela do escritorio delas), mulheres glaciais, roupas de cacadores e luzes medievais. Tradicionalmente, a marca parte de um enredo/tema para criar. “E a primeira vez que a colecao nao tem um tema unico… foi mais gostoso e tranquilo assim”, contou Paula, num papo pos-desfile, ja mais relaxada – e visivelmente satisfeita. Com razao. A recepcao geral foi boa. A opiniao de Vogue voce le no TOP 10 de hoje, no blog de Maria Prata e na Vogue Passarelas, nas bancas em marco.