Lisboa pode ser a principal porta de entrada e um belo cartão postal de Portugal. Porto, ao norte, a origem do famoso vinho exportado aos litros desde o século 17. Mas é um litoral com mais de 200 quilômetroscontemplados pelo sol praticamente diário que surpreende a maioria dos brasileiros desavisados (e um tanto bairristas quando o assunto é praia). Estaríamos, nós, fazendo o caminho inverso do descobrimento português?
Pois não estamos sós: na última década, o país se transformou em um dos destinos mais populares da Europa mundo afora, graças à bem-sucedida campanha de turismo que levou aos holofotes atrativos irresistíveis como gastronomia de ponta, paisagens espetaculares e sistema de transporte bastante eficaz. Isso sem contar o senso de humor e a simpatia dos portugas, fator de extrema importância para viagens agradáveis. E o já citado mar, é claro.
Foto: Divulgação
Tais predicados associados às terras lusitanas são facilmente encontrados no extremo sul, região que corresponde a 5,6% do território nacional. A melhor forma de iniciar a exploração pelo Algarve, área em questão, atende pelo nome de Carvoeiro – algo como “povoado de pescadores” em árabe, fruto da breve dominação muçulmana na Península Ibérica entre os anos de 711 e 713. Foram necessários alguns séculos para que a vila salpicada de casas brancas com telhados planos e detalhes azulados percebesse seu potencial para o turismo.
Ao clichê: parece cenário de filme. A menos de uma hora de carro do aeroporto de Faro (é também comum contratar traslado desde Sevilha, na Espanha, a 250 quilômetros dali), a costa minuciosamente desenhada por imponentes falésias banhadas por águas bem cristalinas e um tanto frias, apesar de serem provenientes do mesmíssimo oceano Atlântico tupiniquim – a explicação só pode estar no encontro com o mar Mediterrâneo – já serviu de locação para as mais variadas produções.
Foto: Camila Neves
A pesca continua a todo vapor, garantindo ingredientes do mar sempre frescos para menus requintados como o do restaurante The One, estrela gastronômica do Tivoli Carvoeiro. O restô oferece os mais autênticos prazeres da região como ostras e peixes, sempre servidos aos pés de formações rochosas de tirar o fôlego. Já o Mare Bistro, mais informal, é ótimo para refeições aos pés da piscina.
Foto: Divulgação
O hotel em questão, com quartos e piscinas à beira-mar, está estrategicamente ficando em meio ao famoso percurso dos 7 Vales Suspensos (na verdade são 11), uma trilha de pouco menos de 12 quilômetros que tem início no Vale de Centeanes e vai até a estonteante Praia da Marinha, onde é possível avistar inúmeras grutas, cavernas e esculturas de pedras desenhadas pela pressão constante da água contra as encostas por anos a fio. O passeio, organizado pelo Tivoli e realizado pelo Algarfun, de Fabio Rodrigues, ainda passa pela charmosa Praia do Carvalho e pelo surreal Algar de Benagil, uma gruta com praia no interior e um buraco no teto que costuma render imagens impressionantes de drone, bastante disseminadas pelas redes sociais. Linda, mas superestimada e superpopulada, dá até uma preguicinha – há tantos outros pontos igualmente belos a serem apreciados: Algar Seco e Caneiros merecem destaque.
Foto: Acervo pessoal/Camila Neves
Na mala, nada além de beachwear, protetor solar e roupas de caminhada. Ah, uma echarpe pode salvar das quedas de temperatura noturnas – mesmo no verão, as noites tendem a ser bem fresquinhas. Boa exploração!
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16.02.2024
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