Havaianas, uma marca aliada à causa LGBTQIAPN+, realiza junto da ONG All Out, desde 2020, ações em parceria com a comunidade para que a sociedade possa, cada vez mais, perceber a relevância do tema e ajudar a ampliar o debate sobre a inclusão e o respeito. Através da Plataforma Pride, a marca dá mais um passo nesta caminhada ao encomendar a Pesquisa do Orgulho, uma parceria inédita com o Datafolha, que traz uma metodologia sistemática estatisticamente confiável com abrangência nacional e representativa da população brasileira adulta.
“Essa pesquisa é mais um passo importante na caminhada LGBTQIAPN+ no Brasil. Como o nome já diz, queremos que as pessoas tenham cada vez mais orgulho de serem quem são. Além de dados demográficos, este estudo Havaianas-Datafolha também traz tópicos como o mercado de trabalho, garantia de direitos e representatividade. E a gente acredita que falar sobre isso é papel da sociedade, mas também das marcas inseridas nela”, pontua Maria Fernanda Albuquerque, VP global de marketing da Havaianas.
A Pesquisa Havaianas/Datafolha aponta que 9,3% das pessoas se identificam como LGBTQIAPN+ na população adulta brasileira (16 anos ou mais). Os números tendem a aumentar nas regiões metropolitanas (11%), entre os mais jovens (18% na faixa etária de 16 a 24 anos e 13% entre 25 e 34 anos) e entre as pessoas com maior nível de escolaridade (11% curso superior). Além disso, a maioria dos que se identificam como LGBTQIAPN+ é solteira (59%) e sem filhos (70%).
“É até emocionante ler os resultados da Pesquisa do Orgulho e finalmente ter algumas respostas que buscamos há tanto tempo, como, por exemplo, quantas pessoas LGBTQIAPN+ nós somos no Brasil. Agora que temos mais informações, temos mais ferramentas para seguir na luta por igualdade completa de direitos – o que os próprios resultados mostram, ainda é um desafio muito grande”, comenta Ana Andrade, gerente sênior de campanhas para a América Latina com a All Out.
Para apresentar oficialmente os dados levantados na Pesquisa Havaianas/Datafolha, a marca realizou nesta quarta-feira (21.09), uma mesa redonda, em São Paulo, com a consultora de inovação e diversidade Cristina Naumovs, Ana Andrade, Maria Fernanda Albuquerque, Paulo Alves (Instituto Datafolha), a estilista Isaac Silva e a cantora Pepita.
Entre os destaques do estudo estão:
– Os mais jovens (entre 16 e 24 anos) são os que mais se identificam como LGBTQIAPN+, representando 18% da população LGBTQIAPN+ no Brasil;
– Uma a cada quatro pessoas* não concorda totalmente que pessoas LGBTQIAPN+ devem ter os mesmos direitos;
– 62% da população LGBTQIAPN+ economicamente ativa não falam com frequência sobre sua orientação sexual ou identidade de gênero no trabalho: nesse ambiente o assunto é abordado às vezes, raramente, ou nunca;
– Em comparação com o restante da população, a hostilidade ou preconceito dentro da família é 16p.p maior entre pessoas LGBTQIAPN+;
– Sete a cada 10 pessoas LGBTQIAPN+ economicamente inativas sentem que não são avaliadas apenas pelas suas qualificações profissionais em entrevistas de emprego; –Na população LGBTQIAPN+, 17% sempre sofrem discriminação. Esse número é quase o dobro, compararado com a população não-LGBTQIAPN+ (9%);
– Apenas 34% das pessoas não LGBTQIAPN+ concordam totalmente que é comum demonstrações públicas de afeto entre casais homoafetivos.