Banco Trianon na 18º SP-Arte – Foto: Rômulo Fialdini
O nome Trianon surge a partir da história do lugar. No contexto de abertura da Avenida Paulista no final do século 19, construiu-se um ‘belvedere” na região onde hoje existe o Parque Trianon e o Masp (Museu de Arte de São Paulo). Ali, havia um restaurante, com um mirante, que levava o nome de Trianon e a vista na época era uma cidade em crescimento e a natureza ainda bastante presente. “O banco recebe este nome em referência a esta ideia de ponto de encontro para se olhar a paisagem, mas hoje a vista é a própria cidade pulsante e seus transeuntes”, afirma Nadezhda Mendes da Rocha.
Nadezhda Mendes – Foto: Divulgação
O projeto não teve continuidade, até que em 2020, Adriana Bianchi, do Instituto Iadê, sugeriu para Nana e Paulo Mendes da Rocha a materialização do mobiliário, por sua relevância de design e conceito urbano.
A visão de Paulo Mendes da Rocha para o banco propõe novos horizontes e desenhos, reflete sua relação com a cidade, territórios, natureza, materiais, técnicas e seu entendimento do papel que a arquitetura deve desempenhar. Desenvolve um trabalho que é contraponto crítico à realidade e ao mesmo tempo um esforço para contemplar as necessidades colocadas pela imprevisibilidade da vida humana nos espaços. Sua habilidade foi de provocar a transformação do lugar que habitamos com fundamental interesse social e narrativa visual.
O Banco Trianon existe para servir e discutir o público e o coletivo através do design. Um banco inspirado na Paulista e nas possibilidades de convivência urbana. O projeto feito em parceria entre pai e filha, foi coordenado e finalizado sob o olhar atento de Nadezhda, que nos últimos anos acompanhou seu pai em alguns trabalhos.
Banco Trianon – Foto: Rômulo Fialdini
“O Banco Trianon sugere as diferentes formas de ver a cidade, de diferentes pontos de vista, possibilitando uma pausa na correria das cidades e o encontro entre pessoas desconhecidas”, diz Nadezhda.