Felipe Muller – Foto: Diego Mello/Divulgação
Felipe Muller é head de estratégia, insights e conteúdo da Mynd, agência especializada em marketing de influência. Ator e dublador desde muito jovem, ele também trabalhou com projetos educacionais com crianças. “Na faculdade fiz comunicação na UFRJ, com ênfase em publicidade, mas, desde o início, não me sentia atraído pela publicidade tradicional. Logo orientei minha carreira para o live marketing, pensando as marcas como veículo de entretenimento”, conta.
Um bom exemplo que Felipe dá é a operadora TIM, que se reinventou com eventos como o TIM Festival e plataformas de música como o TIM na Estrada, pulsando com a cultura. “Hoje, as pessoas se dispõem a se relacionar com uma marca contato que ela ofereça algo muito relevante. Que tenha conteúdo”, resume.
E a pandemia fez o digital chegar aos extremos. “Nós nos viramos para o digital para tentar reconstruir as nossas conexões. Para o nosso mundo voltar a fazer mais sentido. E o entretenimento foi uma tábua de salvação”, pontua. “Por meio dos creators digitais, identificamos novas tendências e comportamentos. Quem está trazendo inovação em estética e em conteúdo? E pensar também na comunidade: como as pessoas estão se sentido, como estão usando novas plataformas e também mudando as redes sociais”, diz.
Pluralizar e diversificar é essencial para qualquer empresa. “Acabou a era da selfie perfeita. As marcas estão cada vez mais provocadas a mudar seu pensamento”, pondera. “Hoje os creators criam pensando em contextos. A Camilla de Lucas, por exemplo, não fala de um produto. Ela coloca um produto dentro de uma situação – ‘eu voltando de um churrasco’, ‘eu em casa o dia inteiro’, e por aí vai. As pessoas se identificam, pois passaram pelo mesmo”, afirma sobre a criação de uma rede de audiência relevante.