Isis Lyon – Foto: Reprodução/Instagram/@isis.lyon
Movida pelo desejo de viver em um mundo sem preconceito racial e de gênero, Isis Lyon está envolvida em um novo projeto: o documentário “Mulher da Pele Preta”, que tem estreia prevista para 2022 e terá roteiro assinado pelo ex-BBB Victor Hugo, com direção geral de Ale Monteiro.
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Ela, que é empresária, influencer, socialite, filantropa e musa de escola de samba, irá dividir com o público as suas reflexões, conquistas e dificuldades enfrentadas ao longo da vida, além de compartilhar episódios marcantes em sua trajetória e receber outras artistas negras de destaque.
“Atualmente, sou considerada uma negra de elite, que vive em lugares chiques e tem uma vida confortável, mas nem sempre foi assim. Morei em Taipas, na periferia de São Paulo, até meus 27 anos. Mas, hoje, aos 35 anos, sou formada em enfermagem e curso medicina.”
Mesmo tendo melhorado de vida, o racismo continuou presente em seu cotidiano. Essa questão também será abordada no documentário, com exemplos de diversas situações de discriminação racial que ela enfrentou no Brasil e no exterior.
“Sou aceita, mas eu sou uma exceção. Já fui em um evento onde a anfitriã viu as minhas tranças e começou a mexer. Imagine se chegasse nesse evento e mexesse no cabelo dela? Mas é que ela não sabia lidar com a minha diferença”, revela.
“Não sabe o significado de uma trança, a história, o sofrimento e a resistência que ela envolve. Não percebe que, porque o corpo negro foi objetificado por séculos, ela toca meu corpo achando que pode. Mas não pode”, completa.
Isis também está sendo reconhecida por diversos setores da sociedade por sua atuação com projetos sociais. Com mais de 500 mil seguidores nas redes sociais, ela comanda a ONG GR Together e revela que todo seu trabalho é voltado para inspirar a mudança – não para que as pessoas fiquem com pena de sua jornada, pois ela simboliza toda sua vitória e ascensão de empoderamento negro.
“Não quero que ninguém fique com dó porque eu venci. Quero poder inspirá-las a vencer. Desejo que as mulheres negras estejam comprometidas com as pautas feministas, com a questão do racismo, com nossa religião, com a agenda dos direitos humanos”, reflete.