Ativista Rebeca Costa propõe reflexão sobre a singularidade dos corpos

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) lançou os uniformes da delegação brasileira que disputará os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Uma das modelos convidadas para fazer parte desta campanha foi influencer e ativista Rebeca Costa. Ela tem nanismo e trabalha exaustivamente pela causa. É uma das maiores ativistas em atividade no Brasil. 

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A influencer conta que essa ação fez enxergar um fio de esperança sobre o que realmente é a moda inclusiva. Para ela a moda se torna inclusiva quando abraça o corpo de quem veste e, neste processo, não cabem adaptações.

Rebeca diz que se sente feliz por saber que existem pessoas que se preocupam com a singularidade de cada corpo, mas faz críticas sobre o que realmente algumas marcas pretendem ao mandar emails e convidá-las para algum tipo de ação.

“Eu espero que as pessoas entendam que não basta falar, é necessário fazer. Precisamos agir. É preciso abraçar e lembrar das diferenças.”

Em 2019, a influencer foi uma das convidadas para um desfile inclusivo na São Paulo Fashion Week e, desde então, tem colecionado momentos memoráveis. Rebeca conta também que ao vestir o uniforme do CPB ela se sentiu abraçada. “Ver uma mulher como eu em uma campanha como essa é um choque de realidade, mas um choque positivo.”

Falar sobre corpos diferentes e exaltar a inclusão é parte daquilo que a modelo acredita ser uma missão de vida. Ativista da causa, a moça tem um trabalho firme no Instagram e conta com mais de 63 mil seguidores.

Rebeca revela que o momento ainda requer reflexão porque existem muitas pessoas que não respeitam diferenças, ela diz que está na hora de deixar de lado palavras como “anão” por serem pejorativas e ridicularizar pessoas com nanismo. Rebeca diz que sonha com a evolução da sociedade e que um dia irão deixar de definir pessoas com nanismo por fetiche, vitimismo e humor.