Leandro D’ Kessadjikian – Foto: Divulgação
Para algumas pessoas, a temperatura do vinho pode passar despercebida, mas esse detalhe faz muita diferença na experiência de degustação.
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“Cada tipo de vinho possui características únicas, que se traduzem em sua textura, sabor e frescor. A temperatura na qual a bebida é consumida é de extrema importância e influencia diretamente em sua qualidade”, afirma o sommelier Leandro D’ Kessadjikian.
“Uma das crenças mais difundidas entre os fãs da bebida é que o vinho deve ser degustado à temperatura ambiente. Mas os estudos geralmente se referem a locais de clima ameno, onde 15ºC e 16°C fazem parte do cotidiano da região. Esse não é o caso do Brasil”, explica o especialista. “No contexto nacional, inclusive, é comum preferirmos bebidas geladas por conta do tempo mais quente.”
Ele recomenda a temperatura ideal para cada tipo de vinho. Veja a seguir:
Vinho branco e rosés: de 7ºC a 12ºC
O foco é valorizar o seu frescor. Logo, temperaturas mais baixas são recomendadas. “Tome cuidado para não resfriar demais a bebida e os aromas se apagarem ou servir em temperaturas mais altas, nas quais o álcool se evidencia”, indica.
Espumantes: de 6ºC a 8ºC
Os espumantes também combinam com temperaturas mais baixas. “Se servido quente, o gás carbônico, responsável pelas borbulhas, se desprendem mais rápido, o que prejudica seu momento de consumo”, acrescenta.
Vinhos tintos: de 12ºC a 16ºC
Por sua ampla variedade e complexidade, merecem uma atenção especial. “Ao servir um tinto muito gelado, ele pode se apresentar duro e desagradável, uma vez que os taninos serão realçados juntamente com a acidez. Por isso, as temperaturas sugeridas são mais elevadas que as dos brancos, o que contribui também na apreciação dos aromas”, completa o sommelier.