Ariel Busquila – Foto: Divulgação
A decoração é uma das partes mais importantes para finalizar ambientes ou dar uma “cara nova” ao cômodo. E os quadros são elementos muito procurados por quem quer dar um toque de sofisticação ao espaço. Acontece que eles não servem apenas para deixar o lugar bonito. Eles podem ajudar na concentração, dar alegria, maior sensação de aconchego… Por isso a importância de escolher com atenção o que vai usar.
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O pintor paulistano Ariel Busquila alerta que alguns fatores devem ser levados em conta na hora de escolher a obra, como iluminação e tamanho do espaço, além da composição visual de todo o ambiente. “Um quadro com traços e cores muito fortes em um espaço pequeno pode causar um certo desconforto em quem o vê. Assim como um quadro pequeno, com cores opacas, em um ambiente muito iluminado e espaçoso pode não se fazer tão presente como deveria”, explica.
Artista e estudioso das artes, ele ainda diz que se for um espaço monocromático, um quadro colorido quebra a “frieza”. Assim como se for um ambiente com muitas cores, muitos objetos de decoração, móveis etc., uma obra mais sóbria pode dar equilíbrio ao cômodo.
As imagens contempladas são outro ponto de observação. “No escritório, a figura de animais, como leão, podem ser interessantes porque lembram da importância de se ter garra, força e determinação para alcançar os objetivos”, sugere. “Já itens mais abstratos podem tirar a concentração de quem está no ambiente, que pode se pegar focando em entender a obra”, acrescenta.
A questão das cores também deve ser levada em conta. O azul, por exemplo, é bastante associado à calma e à serenidade. Por isso, pode ser usado em quadros que vão no quarto, de repente. O vermelho e o amarelo, tons mais quentes, são mais estimulantes e podem ser priorizados na sala de jantar ou na cozinha.
“É preciso tomar cuidado com a cartela de cores tanto do ambiente quanto do quadro escolhido, dando atenção especial às cores complementares, ou seja, aquelas que mais oferecem contraste entre si”, diz Busquila. Para não ter erro, o ideal é apostar em itens que apresentem originalidade e personalidade, colocando o próprio gosto em primeiro lugar.
Isso porque, segundo ele, não existem regras quando o assunto é arte ou decoração. “O quadro escolhido deve ser compatível com a personalidade da pessoa que irá usufruir daquele espaço”, afirma. Só é importante lembrar que é preciso encará-lo como uma tatuagem: algo que será visto com muita frequência.
Busquila já fez mais de cem pinturas em aquarela, 150 obras em acrílico sobre tela, fotos e xilogravura, forma artística que vem experimentando mais recentemente. Sua aposta é em quadros estéticos sem se prender a métodos ou conceitos de um determinado estilo. Além de decorar e embelezar ambientes, o pintor acredita que a arte tem o poder de restaurar sentimentos e mexer com a sensibilidade das pessoas.