O isolamento social pode causar pânico mental. O médico Fernando Gomes, neurocirurgião livre docente do Hospital das Clínicas de SP, explica o que acontece no cérebro em um momento como este e como manter o controle emocional.
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Criatividade e imaginação
Fisicamente, no cérebro, são os lobos frontais os principais responsáveis pela criatividade e imaginação.
“É ali que o cérebro produz pensamentos que podem atrapalhar o autocontrole durante o isolamento social”, explica.
Por isso que agora é a hora de cuidar da mente com atenção e carinho.
Gerenciar pensamentos
Para Gomes, gerenciar pensamentos, administrar a ansiedade e usar o racional são palavras de ordem nessa quarentena.
“Estamos, sim, diante de uma grande crise, mas podemos nos utilizar desse momento para desenvolver sentimentos bons como o de gratidão e da nossa participação individual e coletiva neste momento no qual ninguém está sozinho, apesar de estarmos geograficamente longe um dos outros”, enfatiza.
Fake news
O médico alerta ainda para o cuidado com os excessos de notícias falsas e explica que a informação é capaz de despertar sensações e pensamentos e colocar atitudes a prova já que um boato fortalecido pode induzir a uma fragilidade psíquica de tomada de decisões e atitudes levianas.
“Os circuitos neurais que são responsáveis pela autopreservação podem ser acionados e, com isso, valores e condutas podem ser colocadas à prova em um momento em que a cautela precisa prevalecer”, explica.
Desequilíbrio
O especialista em medicina comportamental ressalta que pessoas com certo desequilíbrio mental ficam predispostas a ter condutas inadequadas e até mesmo perigosas, como a superproteção de si mesmo e de pessoas próximas ou até mesmo tentativas de suicídios como válvula de escape.
“Cuidar da mente e gerenciar pensamentos com meditação, exercícios de respiração e força positiva irão ajudar a passar por esta fase com mais calma e tranquilidade, se cuidar neste momento é primordial”, finaliza.