Leo Botto é um dos chefs mais badalados de São Paulo da atualidade, restaurateur e ativista, já foi garçom, mordomo e gerente até passar ao fogão. Tornou-se chef como braço direito de Paola Carosella, no Julia Cocina, passou por restaurantes renomados, como Gero, Martín Fierro, La Frontera e Il Buco (Nova Iorque), foi chef e sócio do Grupo Chez (Chez Mis, Chez Lorena, Casa Nero e Chez Oscar). Hoje, à parte um cozinheiro de ponta, é um educador gastronômico que se dedica à evolução da consciência alimentar por meio da comida.
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Em um imóvel dos anos 30 na Rua Cônego Eugênio Leite, onde abrigava uma floricultura como outros vizinhos transformou o sobrado com janelões e um quintal cheio de plantas em um charmoso restaurante que promete ser um dos queridinhos da galera descolada, o Boto. Matizado com tons de verde, equipado com uma cozinha e bar transparentes, o restaurante é focado no poder das matas brasileiras.
A brincadeira com o sobrenome de nobre italiano do chef e o animal que, mais do que um rostinho fofo, ostenta a maior inteligência dos oceanos e rios, fica cravada no único “t” estampado no letreiro da casa. Ao mesmo tempo, permite ao cozinheiro expressar facetas que ainda não tinham vindo à tona em trabalhos anteriores.
“O fogo é uma forma de transformar os produtos sem extinguir sua identidade natural, por isso é tão fascinante. Optei por uma grelha basca e alterno até 20 processos diferentes para criar as receitas”, diz o chef.
Com o Boto, Botto debruçou-se sobre cada detalhe: o projeto da cozinha; o desenho das louças e sua comunhão com os pratos; o desenvolvimento de cada etapa do menu – do pão de boas-vindas ao uso de frutas nativas nas sobremesas, passando pela criação de bebidas que se harmonizassem e pelos incontáveis testes com vegetais.