Uma experiência do campo para a mesa em que hóspedes possam conhecer e provar as criações do chef Gabriel Broide, é a proposta do restaurante Mina, do Hotel Botanique. Entre tantos outros atrativos, eles poderão acompanhar o chef no processo de “foraging”, que é a busca de elementos da flora nativa para perfumar, temperar ou agregar aos pratos eleitos nos menus oferecidos a cada temporada, acompanhados de vinhos brasileiros emblemáticos, e ultrasseletos, da exclusiva adega do Botanique.
Nessa nova temporada de inverno que vai até 21 de setembro, o destaque, entre os mais pedidos é a Truta Fresca, acompanhada de salada de beterraba e beterraba com raiz forte e a abobrinha com queijo kanonenko, castanha de sapucaia, cerofolio e vinagre de jabuticaba. Fazem sucesso também o biju de tapioca, emulsão de cúrcuma, pancs (plantas alimentícias não convencionais) e castanha de sapucaia, e a Abóbora com missô de pinhão, nori, gergelim, broto de girassol e semente de abóbora. Os morangos selvagens, com suspiro, sorvete de iogurte e calda de especiarias, também fazem bonito à hora da sobremesa.
O conceito
A gastronomia de Broide busca o regional e faz uma repaginação da cozinha brasileira de forma moderna. O gosto vem de 36 horas de cocção a vácuo ou de uma defumação in loco, ou ainda, partindo de um iogurte caseiro, e utilizando berries colhidos no dia, em típico “foraging” nativo. Sua cozinha não é submissa a modismos ou à vanguarda. De um cordeiro desfiado ao uso de uvaia, grumixama ou pimentas raras, tudo é desenhado para o prazer inconteste, almejando o deleite ao invés da pirotecnia. É a busca do pós-luxo na cozinha.
Assim como o alimento e o vinho celebram o Brasil, o design também. A vista perfeita de 180 graus das montanhas, tendo os vales como moldura, desempenha o papel principal, enquanto a lareira suspensa aquece a sala de jantar e os pisos de madeiras nobres. O terraço e o salão espaçosos na parte externa, com vista para a serra, são sombreados por toldos naturais, filtrando divertidamente a luz abundante.