Sabe aquele tipo de pessoa que diz que os cachorros falam? Ela tem (parcialmente) razão. Pesquisadores da Universidade de Salford publicaram um artigo em que analisam a forma como o melhor amigo do homem se comunica. E os latidos não querem dizer muita coisa.
O estudo identificou 47 gestos que os mascotes caninos usam para se comunicar e ‘traduziram’ 19 deles. O surpreendente é que a maioria não está relacionada à comida, mas sim a carinho.
Confira abaixo o dicionário de Salford que que traduz os gestos dos cachorros em palavras:
O seu cachorro quer que você o alimente quando:
– Usa o focinho e cabeça para mover sua mão para seu corpo
– Mantem uma pata no ar enquanto está sentado
– Vira a cabeça de um lado pro outro, dividindo o olhar entre você e outro objeto
– Fica em pé em suas patas traseiras
– Usa sua boca para jogar um brinquedo para frente
O seu cachorro quer que você lhe faça carinho quando:
– Rola na sua frente
– Pressiona seu focinho contra você ou outro objeto
– Te lambe ou lambe algum objeto
– Levanta uma pata e a coloca em você
– Morde seu braço gentilmente
– Levanta uma pata de trás, enquanto está deitado de lado
– Esfrega sua cabeça em você à medida que se inclina a sua direção
– Rola no chão
O seu cachorro quer que você brinque com ele quando:
– Toca brevemente em você com uma pata
– Mergulha de cabeça em baixo de uma pessoa ou objeto
– Aponta com uma pata em direção a um objeto que lhe interessa
– Balança o corpo debaixo de uma pessoa ou objeto
O seu cachorro quer passear quando:
– Fica de pé, levantando as duas patas da frente e as colocando em seu dono ou algum objeto por perto
– Pula de cima pra baixo, às vezes de um objeto pra outro, enquanto fica no mesmo lugar.
Gatos x Cachorros
Quem é mais esperto? A resposta talvez esteja na ciência – no cérebro, mais especificamente. Segundo aponta a pesquisa da Universidade de Salford, os cachorros têm 530 milhões de neurônios, enquanto os gatos contam com apenas 250 milhões.
“Acredito que o número absoluto de neurônios que um animal tem, especialmente no córtex cerebral, determina a riqueza de seu estado mental e sua habilidade de prever o que está prestes a acontecer em seu ambiente com base em experiências anteriores”, afirma a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, em entrevista ao site News.com.au, para justificar a supremacia canina.