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Dre Guazzelli conta sobre sua experiência no Burning Man

Com doze anos de carreira, o DJ Dre Guazzelli conta, em um Q&A especial ao site RG, sua experiência no festival de areia Burning Man e  um pouco sobre projetos futuros como a festa Dre Tarde e o Inner Multi.Art.

Dre, você tem uma forma diferente de tocar e lidar com seu trabalho. Seus projetos são focados em experiências, unicidade e arte. Esta sempre foi a sua meta ou ela foi desenhada ao longo dos seus 12 anos de carreira?

Está sendo desenhada constantemente (risos)! Minha ideia foi sempre criar um ambiente e uma experiência que saísse fora do comum, de onde as pessoas estão acostumadas, tanto no som, como nas festas.

Ainda na esfera de música e arte, sabemos que você esteve recentemente no Burning Man. Foi sua terceira participação no festival que vem crescendo e chamando atenção de todo o mundo pela irreverência e multiplicidade de público. O que é o Burning Man para você e por que ele é tão diferente de outros festivais?

O Burning Man para mim é a pura expressão do amor. Do que somos e do amor que às vezes esquecemos em atividades cotidianas, de qual seria nossa capacidade ou missão aqui na Terra. Todos temos um dom e um objetivo do que fazer e como fazer, o que resulta no SER. Lá todo mundo pode SER o que realmente é sem pré-julgamentos e sem ter que se preocupar com a opinião de terceiros. O festival é um exemplo de como seria a cidade ou o mundo dos meus sonhos, onde é normal conhecer e fazer novos amigos, expressar o que pensa e o que sente. Seja através da música, das artes plásticas, das artes do corpo ou simplesmente a arte de respirar e SER.

O Festival leva muitos artistas e DJs renomados. Você pode nos contar o que mais te impressionou este ano?

Quem leva na verdade não é o Burning Man em si, mas sim os campings (que são pequenos bairros da cidade de Black Rock), que convidam os djs e montam seus line-ups. O evento não é um festival em si, é uma cidade! Existe uma vida nos dias em que passamos lá!

Como é tocar no festival?

Tocar no Burning Man é como um filme que se passa em minha mente. Vejo desde o primeiro momento quando decidi ser DJ e todas as vezes que segui meu coração na profissão sem saber aonde poderia chegar. É ter a certeza de que tudo valeu a pena e continua a valer. Esse set é diferente porque é o agradecimento pelo que passou e o pedido de coisas boas para o que está por vir.

Você tem um projeto grande que liga arte e música, o Inner Multi.Art.  Pode nos contar um pouco sobre este projeto?

A INNER multi.art nasceu da vontade de reunir amigos de forma diferente. Algo que fosse além da música e da bebida,  que unisse o melhor de cada um e que isso se tornasse um ambiente lúdico e instigante. Em 2005, quando começamos, nem todos entendiam o que eu queria criar, às vezes nem eu me entendia. Mas já sabia de alguma forma que aquilo existia, que seria possível… Hoje completamos 16 edições e uma família de 3000 amigos. Exposições de foto, grafite, performances circenses, artes do corpo, uma pista de House e outra de hip hop. A intenção com a INNER multi.art é parecida com o Burning Man, a de no futuro se transformar naturalmente num festival e também conseguirmos levá-la para mais cidades!

A Inner Multi.Art deu origem à plataforma Inner Enterprises. O que você acha que diferencia esta plataforma das demais?

Nós criamos experiências e fazemos com muito amor. Quem faz com amor faz diferente por natureza. Nos preocupamos com o bem-estar de todos os envolvidos. Gostamos de ir atrás da união de atividades que fazem bem para nós e para todos. Práticas de yoga, como o Yoga Escapes e Rooftop Yoga, High Prana, que é uma festa sem álcool, o Dre Tarde que é uma festa ao pôr do Sol, o INNER gallery que é uma galeria de arte pop up, o INNER help que ajuda crianças e pessoas carentes, a INNER multi.art com 3000 pessoas e 100 artistas, jantares, viagens e movimentações que façam todos os envolvidos ficarem mais felizes e conectados.

Quais são suas maiores influências musicais e artísticas para montar seus projetos e sets?

Todas as pessoas que me fizeram crescer e sorrir. O Sol, meu sítio, as viagens, o reggae e o punk rock da adolescência, Ibiza, djs, músicas, festas e festivais que transmitem as mesmas coisas que eu: o Burning Man, amor, yoga, baladas, festanças, a Lua. Tudo que me faz acordar com vontade de fazer mais e melhor!

Por fim, neste sábado (17) acontecerá a décima primeira edição de outra festa sua que vem crescendo no cenário paulistano, o Sábado Dre Tarde. E dessa vez com uma comemoração especial do seu aniversário! O que podemos esperar dessa edição que acontece logo após o Burning Man?

Podemos esperar muitos amigos felizes e dançantes. Música gostosa para dançar, respirar e pular. O Dre tarde é exatamente o que eu sonhava em fazer para poder tocar por um tempão e juntar o máximo de amigos possível. Terapia em grupo. Com certeza o dre tarde de setembro sempre após o Burning Man tem mais emoção envolvida ainda, aliás, um novo ano começa!

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