Por André Aloi
Considerado o DJ número 1 do Brasil, Alok está em turnê mundial. No último fim de semana, o brasileiro deu um rasante nos EUA, onde tocou no Burning Man. O festival que era encontro de hippies e celebrava a contra-cultura com performances artísticas, hoje recebe mais de 70 mil pessoas. “Toquei em uma pista onde tinha umas 20 mil pessoas. Foi uma experiência única”, comemora.
Segundo Alok, a primeira coisa que mais o marcou foi o percurso até chegar ao deserto de Nevada. “Tem uma estrada com paisagem incrível”, recorda. “Na hora da entrada, assim que chega, percebe que está longe da civilização, onde as leis que prevalecem são as de lá. Tudo muda, é como se você tivesse num outro planeta ou civilização“, detalha outro ponto.
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A partir das 11 da manhã, segundo o artista, começam as tempestades de areia. “Segue até umas 18h, ela não dá trégua. Você acaba tendo que lidar com isso o dia inteiro e, muitas vezes, te faz perder a referência de onde está”, explica. Com o cair do sol, as tormentas dão lugar a um lindo crepúsculo. “Você consegue respirar melhor e o céu fica lindo, limpo. É inesquecível… Foi um dos mais bonitos que já vi até hoje“, derrete-se.
Além de proteção, as roupas das pessoas contam histórias. “São autênticas, estilo bem livre, espontâneas. Mas também tem muita gente pelada. As pessoas sentem a liberdade de poder se expressar”. A estrutura do evento também é outro ponto positivo, de acordo com Alok. “São construídas por pessoas, na qual cada grupo cria sua própria arte em relação à uma história diferente. A cenografia é realmente incrível”.
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Com a chegada da noite, o calor do deserto dá lugar ao frio. “Não tem tempestade de areia, então dá pra ver tudo. Fica bem colorido, as pessoas usam bastante LED”. Passada a emoção de tocar em um festival emblemático, Alok lembra que o amanhecer de lá é algo nada fácil de esquecer. “Não há dinheiro que pague essa emoção, pois há uma grande comemoração assim que o sol nasce”.
Ele aponta ainda que os carros e meios de transporte usados pelos frequentadores do Burning Man são de cair o queixo. “São todos personalizados e remetem todos aos do longa Mad Max“, compara. “Parece que você está vivendo naquele filme”. Para finalizar, Alok fala que outro momento inesquecível é a queima das três estruturas montadas pelo festival, onde tudo vira pó. “O templo, a pirâmide e o próprio homem (que dá nome ao evento). Isso representa o desapego”, pontua.
Play no DJ set dele lá no festival:
https://api.soundcloud.com/tracks/281560561