Por Matheus Evangelista
O último domingo (20.09) marcou um novo passo para o futuro Parque Minhocão, na região central de São Paulo – quem abriu o Instagram viu uma sala de estar, poltronas, tapetes, mesa de centro, almofadas e até uma biblioteca infantil montada na via fechada e dominada por pedestres, ciclistas, vendedores, senhoras e senhores. A ideia incomum foi do artista Felipe Morozini, que quis transformar o espaço e mostrar (mais uma vez!) que o elevado pode ser usado para o lazer, para o encontro e integração. “Queria levar minha sala para o Minhocão numa espécie de manifestação urbana na tentativa de estabelecer um diálogo com a cidade”, explicou.
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“Queria transformar esse lugar feio, inóspito, duro; em algo mais poético, confortável, habitável. Uma sala de estar tem essa finalidade e porque não levar isso ao lugar onde passam tantas pessoas?”, conta Felipe, que teve ajuda da Estar Móveis, empresa para qual presta consultoria criativa e se interessou pela ideia. “Não foi uma ação comercial, eles gostaram da ideia e emprestaram tudo”, avisa o artista, que precisou de dois caminhões e funcionários extras para ajudar no leva e trás de todo mobiliário.
E quem não conseguiu aproveitar essa novidade, outras chances virão, mas não há nada planejado, garante Morozini. “Foi tudo efêmero, como é o Minhocão. Pensar a cidade de um outro jeito, deixar a cabeça menos egoísta, porque é esse sentimento que prevalece quando lidamos com assuntos urbanos, é um dos nossos sonhos”, diz. Outras lojas, empresários e amigos se interessaram pela ideia e deram cartão verde para uma nova intervenção. “O interesse é coletivo, quero fomentar essa gentiliza urbana que tanto nos falta”, finaliza. Recado dado!