Por André Aloi
Philippe Starck, um dos designer de interiores mais copiados da atualidade, está no Brasil. “Se copiam, não me interesso mais e passo pra outra. Muitas pessoas mobilizam essa indústria pra nada. É um ato vazio e vai contra a essência (da criação)”, explica o francês. Ele abre sua primeira loja no País nesta quinta-feira (21.05) com o grupo Grendene, a TOG All Creators Together, em São Paulo.
Em conversa com a imprensa, ele disse que de 30 a 40% de sua produção acaba sendo copiada. “Minha reação é a tristeza. A cópia é uma mentira. Somos a única espécie animal que tem controle da nossa qualidade”. Participaram do encontro a CEO da marca, Florence Sentilhes, e o representante da joint venture no País, Francisco Smith.
O showroom promete preços acessíveis e opções de customização para as peças, tanto no espaço físico quanto online. A peça mais barata da TOG é uma banqueta de criança, chamada Apolo Chapo, que vira um recipiente para guardar brinquedos. Custa R$ 246.
Starck explicou que o conceito da loja, que produz os móveis na Itália, é totalmente diferente, fazendo com que una o melhor da industria com um quê de artesanato. A intenção, num futuro próximo, é colocar um toque brasileiro às produções. O time criativo já foi identificado, mas não teve nomes divulgados.
Para dar um toque tupiniquim à estreia brasileira, convidaram Chiara Gadaleta, Marcelo Rosenbaum, Felipe Morozini, Marko e Teka Brajovic para assinarem as customizações de alguns móveis.
O designer anunciou ainda uma rede social que promoverá conexão entre pessoas em torno da criação de produtos exclusivos com ajuda de diferentes frentes de produção ao redor do mundo. Além disso, os produtos open source, com a ajuda de impressoras 3D. Na apresentação para a imprensa, um massageador estava sendo confeccionado.
Além de abrigar a loja de móveis, o espaço terá ainda um estúdio de tatuagem e barbearia, além de um bar e restaurante comandados por Renata Vanzetto, do Marakuthai. A loja terá calendário dinâmico, com workshops de customização, por exemplo. “A ideia é poder permitir que produtos tornem-se exclusivos, tanto para consumidores quanto para empresas”, finalizou.