Por Chris Bicalho
Réveillon à vista – pois sim, é mais do que tempo de ir planejando. Se Punta já não faz a sua cabeça, Saint Barths tem gente demais para areia de menos e Trancoso é pouco inspirador a esta altura (virar o ano de salto, andando no “Jardins ao Quadrado”? Hummm, não), que tal experimentar Mustique? Aviso aos navegantes: a ilha preferida dos ingleses desde os tempos de Swinging London está com o cedro e a coroa na mão para subir outra vez ao trono de hot spot do Caribe. Ao contrário das vizinhas “flutuantes”, ela não tem infra de balneário – nem tamanho, diga-se: é menor que o Hyde Park.
Hotel há dois, um deles o tradicional Cotton House. Com apenas 20 quartos, recém-reformados pelo designer super flamboyant Oliver Messel, é quase um clubinho fechado que só aceita indicação de hóspedes regulares. O outro, mais exclusivo ainda, é o Firefly, uma ex private villa transformada em miniresort com 5 quartos, todas pé na areia, recém-inauguradas pela dupla Stan e Elizabeth Clayton.
Os dois endereços guardam ótimos restaurantes – os únicos da ilha, aliás, além do bombado Basil’s Bar, reduto dos pescadores locais onde se bebe o melhor daiquiri do mundo, se come as lagostas mais incríveis e, não estranhe, é possível dançar salsa com Mick Jagger. No restô do Cotton Club, o Great Room, mix da cozinha criolla e francesa: palmas para o risotto de callaloo ao curry (prato preferido de Iman e Bowie) e tagliatelle com barracuda e caranguejo de Santa Lúcia.
No mais, praias e praias, cada uma mais absurda que a outra: Macaroni, Lagoon Beach e ela, a mais escondida delas, Gelliceaux. Quem sabe, sabe. Porque Mustique é para poucos mesmo, exclusiva pela própria natureza. A boa notícia? Há villas para alugar. Melhores que hotel, elas são uma vaga no céu. Taí a dica para quem quiser mudar de ares. E de mares.