Gisele Bündchen dividiu um momento difícil de sua vida para a revista “People”. De acordo com a publicação, a modelo sofreu com ataques de pânico e chegou a ter pensamentos suicidas no auge da sua carreira, em 2003. “As coisas podem parecem perfeitas por fora, mas ninguém sabe o que realmente está acontecendo”, explicou Gisele.
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“Eu estava em uma ótima posição em minha carreira, próxima a minha família e sempre me considerei uma pessoa positiva. Então foi muito difícil mesmo. Eu pensava ‘porque estou me sentindo assim?’, achava que eu não tinha a permissão de me sentir mal”, disse a modelo. “O mundo começava a ficar menor e menor e ficava impossível de respirar, é a pior sensação que eu já tive”, dividiu.
As crises continuaram, o que acabou levando Gisele para um péssimo lugar: “Eu realmente pensava: ‘se eu pular do meu telhado, tudo isso vai acabar e eu nunca vou precisar me preocupar com esses sentimentos”, explicou.
Os detalhes da noite em que ela realmente considerou se suicidar foram compartilhados na biografia da modelo, chamada “Lessons: My Path to a Meaningful Life“, que será lançada no dia 2 de outubro. “Eu senti que tudo na minha vida iria acabar me matando. Primeiro eram os aviões, depois os elevadores. Então túneis, hotéis, estúdios de fotos e carros. Quando percebi, até mesmo o meu próprio apartamento”, escreveu Gisele em um trecho do livro divulgado pela “People”, “Tudo havia se tornado uma gaiola e eu era um animal preso dentro, tentando respirar. Não via uma saída dessa situação e não aguentava viver outro dia me sentindo assim”.
Ela continuou: “A ideia foi me tomando: ‘provavelmente será mais fácil se eu apenas pular. Tudo vai terminar e eu sairei dessa. Quando me lembro desse momento, eu tinha apenas 23 anos, quero chorar. Gostaria de dizer a essa menina que vai dar tudo certo e que esse é apenas o começo de sua vida. Mas naquele momento, a única resposta seria pular”.
Depois de consultar com médicos, a modelo precisou mudar diversos aspectos de sua vida. “Eu fumava cigarros, bebia uma garrafa de vinho e três cafés por dia e desisti de tudo só de uma vez”, revelou. “Eu pensei, ‘se tudo isso for a causa de tanta dor na minha vida, precisa ir embora logo’”.
Outro momento que foi revelado por sua biografia foi a relação de Gisele com a maternidade. “Quando eu me tornei mãe, eu meio que me perdi. Foi como se uma parte de mim tivesse morrido”, disse. “Sempre fui muito independente. Tudo sempre foi sobre mim. Mas agora eu tinha esse pequeno ser e, de repente, eu senti que não poderia mais fazer outras coisas, o que foi difícil”.