Depois de ser acusado de abuso sexual, durante o começou do movimento Me Too no fim de 2016, Casey Affleck se tornou uma figura polêmica em Hollywood. Ele não apareceu mais na mídia desde que anunciou que não iria mais apresentar o Oscar de 2018, afinal, uma petição foi criada para barrar o ator de apresentar um prêmio.
Agora, em sua primeira entrevista após a denúncia, o ator explicou porque não compareceu a premiação e o seu silêncio até então. “Eu acho que foi a coisa certa a fazer, contando com tudo que estava acontecendo no momento. E ter duas atrizes incríveis apresentando o prêmio de melhor atriz foi a melhor escolha”, disse Affleck para a The Associated Press durante divulgação de seu novo filme, “The Old Man & The Gun”.
Ele disse que se arrependeu de estar envolvido no caso, que resultou em um processo: “Gostaria que tivesse outra forma de resolver as coisas”, ele disse. “Eu nunca havia ouvido reclamações sobre mim como aquelas e fiquei envergonhado. Eu não sabia o que fazer, não concordava com a forma que foi tudo descrito, mas queria fazer a coisa certa.”
O ator se desculpou pelo ambiente de trabalho que foi criado no filme “I’m Still Here”, que ele dirigiu em 2010 e gerou acusações de abuso de duas mulheres que estavam no set. “Eu contribuí pelo ambiente não profissional que foi criado e tolerei tipos de comportamento que não deveria ter tolerado”, ele disse. “Eu realmente não sabia que era responsável por isso como o chefe… Me desculpem.”
Affleck explicou que prestou muita atenção nas discussões sobre os movimentos Me Too e Time’s Up. Uma coisa que ele descobriu foi é melhor dar um passo para trás e deixar as mulheres protagonizarem o momento: “Eu sei o suficiente para entender que preciso deixar a minha boca fechada, ouvir e tentar apoiar e seguir da pequena forma que eu posso.”