por Jeff Ares
foto Alexandre Ermel
Os caras? Pela ordem das legendas, Clemens Schick, Wagner Moura e Jesuíta Barbosa, os protagonistas de Praia do Futuro, um dos bons filmes destes tempos, do sempre delicado Karim Aïnouz, cineasta de histórias comuns, que em sua lente imprimem grande.
O enredo, que você já deve conhecer, versa sobre um salva-vidas (Moura) de Fortaleza que conhece um alemão (Schick). Apaixonam-se. Mudam-se para Berlim. O irmão mais novo (Barbosa), anos depois, vai ao encalço do mais velho para entender as razões de ter sido abandonado pelo herói que idealizou. Aí tem questões de solidão, de terra estrangeira, de recomeçar. Não é fácil recomeçar – você já decidiu recomeçar?
O filme causou espécie no Festival de Berlim. Reafirma a verve de Wagner Moura, sobre quem prescindimos discorrer, que é ator no olho. Nos debruçaremos sobre os dois outros. Apresentamos para a audiência daqui o alemão, ator que antes modelava para a sensacional fotógrafa Nan Goldin, atuou em filmes estrangeiros tipo Cassino Royale – o remake – mas fez bastante teatro sério. É do tipo que se embrenha no papel – para este, até aprendeu português (quase um castigo).
Por fim, elegia a Jesuíta, que eu assisti em Tatuagem, de Hilton Lacerda, e chapei. Aos 22 anos, virou o darling do cinema nacional. Filmou com Heitor Dhalia (Serra Pelada), com o inglês Stephen Daldry, de As Horas, na produção inglesa ainda inédita Trash, tirou onda em Amores Roubados, minissérie na Globo… é o cara. Sempre um, sempre outro, camaleão no registro mínimo. Até prêmio ele já tem, o de melhor ator no Festival do Rio, pelo filme de Lacerda. Já laçado pela Vênus Platinada, começou a gravar a nova novela de José Luiz Villamarim, remake de O Rebu. Olho nele, que ainda vai causar muito rebu…
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Passado o momento pipoca da pré-estreia do filme nessa terça (06.05), a trupe do longa segue para o Ballroom, club dos Jardins, para celebrar. Por lá, outro motivo para comemorar: o aniversário do DJ e jornalista Jackson Araújo. A noite vai ser boa. E a gente vai.