Por Rinaldo Zirrah, do Rio
Cidade Maravilhosa, mas nos postais. Não tente chegar por agora no Rio de Janeiro. A cidade está caótica. E não falo aqui de manifestações, falo da visita ilustre de Francisco, o Papa. São inúmeros relatos não oficiais que chegam: desde transporte público até os preços nas nuvens. A cidade está parada.
Neste começo de tarde, um conhecido de RG tentou embarcar numa estação do Metrô carioca. Teve que dar meia volta. O motivo ? Apenas integrantes da Jornada Mundial da Juventude podem embarcar com seus cartões especiais. A cia. De metrô da cidade fez circular tal informação, no mínimo, absurda. Ou seja: se você, mesmo católico, não faz parte da JMJ, fique em casa.
Ônibus não aparecem mais nas ruas. Nesta quinta já circula um pedido da Prefeitura do Rio para que toda a frota esteja disponível para os peregrinos. E estes, por outro lado, apesar do furor religioso, não estão nada contentes: “como é caro aqui, né?”, conta um para RG.
Ruas fechadas, feriado proclamado. Comércio fechado. Parece uma cidade fantasma onde não se passa o Papa. E onde ele está, instaura-se o caos. “Eles passam aqui tarde da noite aos berros, parece uma micareta”, conta para RG uma moradora de Copacabana.
Se para um evento como este, restrito ao povo religioso, já está dando este nó na cidade…inevitável perguntar o maior bordão de todos os tempos: imagina na Copa? Bom, mas talvez o momento seja de maior preocupação com as manifestações…